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América Latina conseguiu proteger reservas, apesar do choque da covid, diz IIF

Os países da América Latina conseguiram proteger suas reservas internacionais, apesar do choque causado pelo coronavírus, que provocou uma brusca pausa nos fluxos de capitais, avalia o Instituto Internacional de Finanças (IIF), em relatório. "A região aproveitou a experiência adquirida durante a crise financeira global, quando altos níveis de reservas permitiram um ajuste substancial da taxa de câmbio para resistir ao choque em meio a regimes de metas de inflação confiáveis estruturas fiscais baseadas em regras", explica.

Segundo o instituto, na maioria dos países, as reservas em moedas internacionais retornaram aos níveis pré-pandemia, como resultado do cenário global, dos ajustes nas contas externas e de políticas macroeconômicas sólidas. "Flexibilização da política monetária, maior endividamento externo e flexibilidade da taxa de câmbio têm estado no centro da resposta política, limitando o uso de reservas internacionais para lidar com a escassez temporária de dólares", pontua.

A análise acrescenta que, embora o impacto econômico do coronavírus tenha sido substancial, o volume de reservas caiu apenas, em média, 4%, recuperando-se à medida que as condições financeiras do globo relaxaram. "Vários países, incluindo México, Colômbia, Guatemala e Peru começaram a acumular reservas rapidamente", lembra.

De acordo com o IIF, as reservas tiveram desempenho melhor durante a recessão da covid-19 em comparação com a crise financeira de 2008. "No Brasil, onde a depreciação de reservas também foi considerável, o ajuste cambial e as taxas de juros mais baixas levaram a efeitos de valorações positivos, parcialmente compensando fluxos de saída sustentados", exemplifica.

Entre os fatores por trás desse movimento, o Instituto destaca a resiliência dos preços das commodities (fora petróleo), que "ajudou a manter a liquidez de dólar e a limitar perdas de reservas em vários países, como Peru, Chile e Brasil".

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