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Bolsas mundiais abrem no azul, enquanto Biden se aproxima da Casa Branca

A resolução final do duelo político nos Estados Unidos permanece incerta, embora Biden esteja se aproximando da Casa Branca depois de comemorar a vitória em estados decisivos como Arizona, Wisconsin e Michigan.
09:05 | Nov. 05, 2020
Autor AFP
Tipo Notícia

Os mercados financeiros mundiais subiam nesta quinta-feira, 5, em resposta às crescentes chances de que o democrata Joe Biden seja proclamado vencedor na eleição presidencial nos Estados Unidos, cujo resultado é incerto antes mesmo de um possível recurso judicial de Donald Trump.

 

Os mercados europeus iniciaram sua sessão no azul e, às 5h25 de Brasília, a Bolsa de Paris subia 1,08%; a de Frankfurt, 1,26%; a de Londres, 0,37%; e a de Milão, 1,47%. Os mercados asiáticos também viveram um dia de otimismo e fecharam com altas significativas.

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No Japão, o índice Nikkei subiu 1,73% e atingiu seus maiores valores neste ano, quebrando a barreira simbólica de 24 mil pontos pela primeira vez desde janeiro. O índice Topix também subiu 1,39%. A bolsa de Xangai aumentou 1,30%, e a de Shenzhen, 1,67%, enquanto em Hong Kong o índice Hang Seng subiu 3,25%.

 

Em contrapartida, o preço do petróleo caía. O barril de WTI cotado em Nova York para entrega em dezembro caía 0,84%, a US$ 38,82, enquanto o Brent para entrega em janeiro cotado em Londres também perdia 0,75%, a US$ 40,92.

 

Os investidores reagiam à situação de divisão política que parece estar se concretizando nos Estados Unidos, com um Congresso com maioria do Partido Democrata, um Senado dominado pelos republicanos e Biden como um possível novo inquilino na Casa Branca.



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Esse cenário político fragmentado "impedirá mudanças profundas na tributação corporativa e na regulamentação de novas tecnologias", como os democratas querem fazer, disse Juichi Wako, estrategista da Nomura Securities.

 

Graças a essa situação, as gigantes tecnológicas Facebook e Alphabet (dona do Google) registraram ganhos espetaculares nos mercados na quarta-feira, 4.

 

A resolução final do duelo político nos Estados Unidos permanece incerta, embora Biden esteja se aproximando da Casa Branca depois de comemorar a vitória em estados decisivos como Arizona, Wisconsin e Michigan.

 

O possível resultado eleitoral também se refletiu em um declínio no valor do dólar em relação ao iene, que estava em 104,23 ienes nesta quinta-feira às 7h15 de Brasília, contra 104,52 ienes no dia anterior. O valor do euro subia 0,57% em relação ao dólar, ficando em 1,1793 nesta quinta, às 7h15, enquanto na quarta-feira à noite estava em 1,1726.

 

Os investidores apostavam na rápida criação de um ambicioso plano estatal que estimule a economia diante da recessão provocada pela covid-19, mas isso poderia ser adiado devido à instabilidade política.

 

"Pouco importa quem vença", lembra o analista Axi Milan, já que "ambas as partes serão forçadas a reagir rapidamente à crescente pressão sobre a economia dos EUA".

 

Já o economista-chefe da Axa, Gilles Moec, expressou preocupação, pois "por enquanto será muito difícil ter um estímulo antes da chegada do novo governo", previsto para janeiro. "Mesmo se imaginarmos que um consenso será alcançado para estímulos mínimos, duvido que corresponda às expectativas", acrescentou.

 

O tempo é curto, e a situação da Covid-19 piora na Europa e nos Estados Unidos, país que registrou um recorde de quase 100 mil casos diários nas últimas 24 horas - uma grave situação epidêmica que preocupa os mercados.

 

O presidente Trump, que reivindicou sua vitória em meio à contagem de uma eleição apertada, exige que os votos sejam recontados em Wisconsin, pediu que a apuração seja suspensa na Pensilvânia e até ameaçou entrar com um recurso na Suprema Corte.

 

Milhares de eleitores do democrata Joe Biden marcharam pacificamente pela Quinta Avenida de Nova York nesta quarta-feira para exigir a contagem de todos os votos na eleição presidencial dos Estados Unidos.






 

 

 

 

 

 

 

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