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Vendas de veículos caem 5,7% no Ceará, em outubro

Um total de 11.083 unidades novas foram comercializadas no mês passado. Resultado cearense foi no sentido contrário ao nacional, que cresceu 1,42%

A venda de veículos novos no Ceará apresentou queda de 5,76% no mês passado. Foram 11.083 emplacamentos realizados em outubro, enquanto no mês anterior havia sido 11.760. Na comparação com outubro de 2019, o recuo chegou a 8,73%. O resultado cearense foi bem aquém em comparação ao nacional, que cresceu 1,42% no mês e, juntando as vendas de carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus, teve o melhor mês em 2020.

No País, levando em consideração estes veículos destacados, foram 215 mil unidades no mês passado, com alta de 3,54% na comparação com setembro. Foi o maior volume do ano, mas ainda abaixo do ritmo de até um ano atrás. Ante igual mês de 2019, outubro mostra redução de 15,11% no total de veículos que saíram das concessionárias. Os dados são da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

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O presidente nacional da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, destacou que o mercado vem se recuperando gradativamente. "O mês de outubro é, até o momento, o que registra o recorde do ano. Notamos que os clientes estão mais confiantes e tomando a decisão de compra, que é facilitada pela maior oferta de crédito", observa.

A empresa com maior participação no mercado nacional de veículos no mês passado foi a Volkswagen (18,1%), um pouco à frente da GM (17,97%). Depois vem Fiat (11,4%), Hyundai (10%), Ford (7,49%), Jeep (7,25%), Renault (7%), Toyota (6,23%), Honda (5,59%) e Nissan (2,9%).

Em outubro, no Ceará, apenas o segmento de venda de ônibus e caminhões teve resultado positivo. Foram 168 vendas, sendo 116 caminhões e 52 ônibus. O resultado representa alta de 15% no mês. O emplacamento de carros permaneceu estável, com uma pequena alta de 1,69%, com 4,4 mil unidades vendidas.

Filas de espera

Na contramão, o proprietário da Savel Veículos, Sávio Torres, diz que as vendas permanecem em alta desde a retomada das atividades. O empresário ainda destaca que existe até fila de espera para alguns modelos de carros e caminhões, o que pode demorar até 120 dias, enquanto a demora por alguns modelos de caminhões pode chegar até fevereiro.

Sávio atribui essa espera ao fato de que os estoques não estavam preparados para tamanha demanda, ao mesmo tempo em que o processo de produção da indústria automobilística não acompanhou o apetite dos consumidores. Ele ainda acredita que essa avidez de consumo deve continuar pelos próximos meses.

"A retomada foi muito forte e foi uma coisa que ninguém esperava. Vários fatores podem ter contribuído para isso, mas vejo que, com 80 dias fechados, as pessoas voltaram com o desejo de consumir", afirma.

O proprietário da Savel Veículos ainda diz os negócios estão sendo fechados com maior facilidade, o que é um dos fatores principais para essa forte retomada. Até mesmo vendas por cartão de crédito estão sendo realizadas com condições de taxas competitivas.

"As taxas nunca estiveram tão boas, as aprovações que antes eram restritas estão mais abertas, com clientes comprando carros com cartão de crédito, inclusive", reforça.

Detalhes do Ceará

No acumulado do ano, as vendas de veículos no Ceará já regrediram 24,64% na comparação com igual período do ano passado.

Na Capital, a variação foi parecida com a do Estado no mês de outubro. A venda de carros novos permaneceu estável, com alta de 1,24%. Único segmento com crescimento foi o de caminhões e ônibus, com 28,3%. No mês, o total de unidades vendidas foi de 4.803, o que representa uma queda de 3,2% em comparação ao mês anterior e de 14,99% com outubro de 2019. No ano, o resultado acumulado de emplacamentos revela um recuo de 28,1%.

Quedas

Dentre os resultados negativos, as vendas de motos novas mostraram no mês passado queda de 3,48% frente a setembro, segundo o levantamento da Fenabrave. Em relação a outubro de 2019, houve retração de 2,29% nas vendas de motos, que totalizaram 96,2 mil unidades no mês passado. No Ceará, a redução foi de 11,5% e no acumulado do ano chegou a 22,6%.

Ao comentar o resultado, o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, disse que o mercado segue aquecido, com a melhora nas aprovações de crédito, mas as montadoras de motos seguem com produção limitada pela falta de componentes.

De acordo com o executivo, o prazo médio de entregas das fábricas, localizadas no polo industrial de Manaus (AM), tem sido de 37 dias. Em outubro, a Honda, líder hegemônica deste mercado, respondeu por 77,74% das vendas totais. Na vice-liderança, a Yamaha teve 15,70% do total vendido no mês passado.

De janeiro a outubro, 727,2 mil motocicletas foram vendidas no Brasil, 18,75% a menos do que nos dez primeiros meses do ano passado. (Com informações da Agência Estado)

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