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Conhecida pelos utensílios "inquebráveis", Duralex corre risco de falir

Vendas diminuíram 60% durante pandemia; empresa, fundada há 75 anos, pediu recuperação judicial e deve dispensar funcionários em breve

A empresa francesa Duralex, conhecida pelos utensílios de cozinha "inquebráveis" cor de âmbar, pediu recuperação judicial em seu país de origem. Fundada há 75 anos, a companhia vem enfrentando dificuldades financeiras e deve apresentar um plano para quitar as dívidas. Ela passará seis meses sob oservação do governo francês e, caso não consiga se recuperar, deve declarar falência.

Em entrevista ao jornal francês Le Monde, o presidente da empresa, Antoine Ioannidès, afirmou ter havido queda de 60% no faturamento da Duralex por causa do coronavírus. Devido à pandemia, as exportações foram reduzidas drasticamente - elas representavam 80% das vendas.

A Duralex foi fundada em 1945 e já passou pelas mãos de diversos donos. Os criadores, o grupo industrial Saint-Gobain, venderam a empresa em 1997 à fabricante italiana de vidros Bormioli Rocco, que não conseguiu reequilibrar os negócios e pôs novamente a companhia à venda. Após sucessivas mudanças de proprietário, em 2008 a empresa é vendida aos irmãos André e Antoine Ioannidès.

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Após quase uma década de recuperação nas finanças, em 2017 a empresa realizou um investimento de 8 milhões de euros (cerca de R$ 52 milhões) na substituição de um forno industrial, visando ampliar a produção. O equipamento, no entanto, apresentou problemas e precisou ficar fora de uso até o início de 2020, trazendo prejuízos que foram aprofundados pela pandemia. Os proprietários tentaram uma nova rodada de investimentos, sem sucesso, levando ao pedido de recuperação judicial.

Como fica a Duralex no Brasil

Apesar da empresa correr risco de falência, no Brasil os produtos Duralex não devem ser afetados, tampouco na América do Sul. A fabricante de vidros Nadir Figueiredo (conhecida pelos copos "americanos") é proprietária da marca nos países da região, e comunicou à imprensa que os produtos continuarão sendo vendidos normalmente. Veja abaixo a nota na íntegra:

"A marca Duralex, no Brasil e demais países da América do Sul, pertence à Nadir Figueiredo, empresa brasileira consolidada há mais de 108 anos no mercado, e reforça que trata-se de uma marca sólida, tradicional e que continuará a ser comercializada normalmente nestes países.

Tanto a operação, quanto os produtos – Duralex e Duralex Opaline - não possuem qualquer relação com a Duralex Internacional, que recentemente teve o pedido de falência decretada na França."

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