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Anatel libera venda de canais de TV por assinatura na internet

Antes da decisão, a Claro já se preparava para lançar serviço exclusivamente pela internet
16:38 | Set. 09, 2020
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A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) decidiu nesta quarta-feira, 9, em reunião extraordinária que os canais transmitidos via streaming pela internet, com programação fixa e grade horária, não são um serviço de telecomunicações e, por isso, não devem se submeter à regulação da agência nem à Lei do Serviço de Acesso Condicionado (SeAC), que estabelece as obrigações para a TV por assinatura.

A avaliação do órgão regulador é a de que a oferta de canais pela internet deve ser enquadrada como Serviço de Valor Adicionado (SVA) - segmento que possui menos custos e obrigações, além de uma tributação mais leve. Isso porque a oferta desses canais também depende necessariamente da contratação pelo usuário de uma operadora de internet fixa ou móvel.

Em dezembro de 2018, a Claro havia denunciado a Fox na Anatel, por oferecer seus canais diretamente aos clientes, por meio da internet, sem intermédio de uma operadora de TV por assinatura. Em junho do ano passado, o órgão concedeu decisão cautelar a favor da Claro e contra a Fox, que acabou derrubada na Justiça.

Diferentemente de serviços de streaming como Netflix e Amazon Prime, que funcionam como uma "locadora virtual", o Fox+ forneceria conteúdo programado, com grade horária, a exemplo de um canal de TV.

Já a Claro se submete à regulação da agência e a uma legislação que obriga as empresas a cumprirem algumas regras, como o carregamento de canais obrigatórios sem custo - além dos abertos, como Globo, Record, Band, SBT e Cultura, os religiosos, comunitários, legislativos e universitários. A lei determina ainda o atendimento a cotas de conteúdo nacional no empacotamento de canais. Os serviços de valor adicionado não precisam cumprir nenhuma dessas obrigações.

Há ainda diferenças em termos de tributação. Sobre o serviço de TV por assinatura incide ICMS, com alíquotas entre 12% a 15%. Já sobre o serviço de Valor Adicionado - ou seja, que usa um serviço de telecomunicação como suporte - há incidência de ISS, com alíquotas de 5%.

No fim de julho, o site Tecnoblog revelou que a Claro já se prepara para oferecer tv por streaming para seus clientes, sem necessidade de cabos ou antenas, mas apenas uma conexão banda larga. Autointitulada “TV do Futuro”, a operadora permitirá que os consumidores tenham acesso a emissoras abertas, canais de esporte e conteúdos de serviços como o Telecine, HBO e Netflix.

(Com Agência Estado)

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