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Custos da construção continuam a subir no Ceará; alta de 1,5% em agosto

Essa foi a maior variação mensal neste ano. É um aumento de 1,32 ponto percentual em relação a julho (0,18%). Esse crescimento foi influenciado principalmente pela alta nos materiais
11:13 | Set. 09, 2020
Autor Samuel Pimentel
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Samuel Pimentel Jornalista no OPOVO
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Tipo Notícia

Segundo o Índice da Construção Civil (Sinapi) no Ceará, divulgado nesta quarta-feira, 9, os custos da construção civil cresceram mais 1,5% no mês de agosto. A maior variação mensal neste ano. É um aumento de 1,32 ponto percentual (p.p.) em relação a julho (0,18%). Esse crescimento foi influenciado principalmente pela alta nos materiais.

No acumulado do ano, o Sinapi está com alta de 3,88%. Já nos últimos 12 meses, a variação é de 5,26%, uma das maiores do País no período.

De acordo com os dados, o custo da construção no Estado, por metro quadrado (m²), que em julho fechou em R$ 1.091,25, passou em agosto para R$ 1.107,64, sendo R$ 639,63 relativos aos materiais e R$ 468,01 à mão de obra.

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Na região Nordeste, com alta na parcela dos materiais em todos os estados e acordo coletivo captado em Pernambuco, o Nordeste teve a maior variação do índice em agosto: 1,17%. As outras regiões tiveram os seguintes resultados: 0,89% (Norte), 0,72% (Sudeste), 0,76% (Sul) e 0,87% (Centro-Oeste).

Os custos regionais, por metro quadrado, foram: R$ 1.199,40 (Norte); R$ 1.109,75 (Nordeste); R$ 1.241,92 (Sudeste); R$ 1.241,81 (Sul) e R$ 1.189,95 (Centro-Oeste).

No resultado nacional, a alta foi de 0,88% em agosto, a maior do ano. Entre as unidades da federação, o Amazonas teve a maior alta em agosto, com 1,69%. O aumento foi causado pela alta na parcela dos materiais. Depois dele, Sergipe (1,54%) e Ceará (1,50%) foram os estados que apresentaram os maiores aumentos.

Problemas na logística

 

O POVO noticiou no último dia 1º de setembro que o aumento de preços dos materiais de construção vem elevando os custos na construção civil. A pandemia gerou escassez de estoque de alguns produtos e os preços ficaram mais altos para os consumidores. A variação para os derivados de plástico, por exemplo, chega a 40%. Outros produtos, como cimento, cerâmicas e louças sanitárias, foram os que mais apresentaram altas desde que a Capital saiu do isolamento rígido (lockdown).

O Sindicato das Construtoras do Ceará (Sinduscon-CE) relatou na oportunidade que as principais foram de materiais em PVC ( 15%), do cimento ( 20%), das argamassas ( 30%) e do tijolo ( 60%).

De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Materiais de Construção (Sindimac), Cid Alves, as principais justificativas estão relacionadas à paralisação da indústria durante a pandemia e à retomada lenta do setor, apesar de crescente demanda na ponta.

Ele explica que o aumento da demanda não está relacionado com a queda nos estoques. E aponta que o principal problema no momento é a questão logística, já que as maiores fábricas produtoras ficam localizadas em Santa Catarina e São Paulo. A disputa por commodities também pressiona o setor. "Está faltando matéria prima, está faltando caminhão, tudo."

LEIA MAIS: Veja a reportagem com dados e análises - "Aumento de preços dos materiais eleva custos na construção civil"

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