Participamos do

Com reforço de MEIs e Pessoas Jurídicas, Ceará registra 6.604 novas empresas em junho

Número é 57.65% maior do que o registrado no mês passado

No Ceará, foram registradas 6.604 novas empresas em junho. O número é 57,65% maior do que o obtido em maio deste ano, quando 4.189 novos negócios foram registrados no Estado. Dados são da Junta Comercial do Estado do Ceará (Jucec), autarquia vinculada à Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho, divulgados nesta terça-feira, 7. De acordo com levantamento, os cadastros de Pessoas Jurídicas e Microempreendedores Individuais são responsáveis por boa parte dos novos negócios.

A titular da Jucec, Carolina Monteiro reforça que o governo estadual recentemente assumiu uma política de facilitação de abertura de novos negócios, em especial com o registro automático que possibilita abertura e baixa de empresas em um curto espaço de tempo. Fato que pode ter incentivado o aumento de registros. A contadora Bruna Gonçalves, especialista em abertura e baixa de empresas, porém, reforça que ainda é cedo para pensar na sobrevivência desses novos negócios e dos impactos destes a longo prazo, já que conforme a especialista, a média é de que seis em cada dez empresas no Brasil fechem nos primeiros 5 anos de existência.

Assim como no mês anterior, o setor que mais computou novas empresas foi o de serviços, com 3.340 registros. O segundo colocado foi o de comércio, com 2.618 e em terceiro lugar, a abertura de indústrias, com 646 novas instituições. A Jucec destacou também uma redução de 9,28% na taxa de fechamento de empresas em junho deste ano, com relação ao mesmo mês em 2019. Houve o fechamento de 2.043 empresas no referido mês de 2020, sendo o setor de serviços o mais afetado, com 1.003 registros de baixa.

Carolina, ao divulgar os números, pontuou que o levantamento expressa uma tendência de retomada de crescimento para aberturas de empresas no Estado. Ela afirma ainda que os novos negócios: “Podem ser decorrentes de novos modelos e oportunidade de negócios em meio à pandemia”. Bruna, que atua na área há cerca de 8 anos, explica que o fenômeno é comum diante de situações excepcionais de crise como a que estamos vivendo com a pandemia de coronavírus.

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

“Quando há demissões em massa como estamos vendo, as pessoas ficam propícias a iniciar o próprio negócio, muitas vezes utilizando o valor de seus acertos rescisórios. Além disso, o mercado está passando por uma transformação forte, com novos modelos de negócios”, pontuou a especialista. Ela frisa que diante da pandemia, muitas pessoas estão buscando novas formas para conseguir uma renda.

Diante do papel dos MEIs nos novos registros de empresas no Ceará, menciona tal fato como esperado. Bruna explica que a categoria é uma das formas mais seguras, fáceis e rápidas de se abrir um negócio. Do ponto de vista da Pessoa Jurídica, ela destaca ainda, aqueles que prestam serviços terceirizados e recorrem a abertura de uma empresa, como forma de prestar o mesmo serviço, mas com maiores benefícios e taxas menores de impostos.


Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar