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Vendas em postos de combustíveis do Ceará recuam até 80%

Queda do consumo de gasolina também já impacta em demissões de funcionários dos postos de gasolina
16:10 | Mai. 18, 2020
Autor Victor Hugo Pinheiro
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Victor Hugo Pinheiro Repórter do Esportes O POVO
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Tipo Notícia

A pandemia de coronavírus já infectou mais de 26 mil pessoas no Ceará e, em decorrência da proliferação da doença, o Governo do Estado decretou o endurecimento das medidas restritivas, para tentar diminuir a taxa de contaminação entre os cearenses. Com parte da população confinada em suas casas, o consumo de gasolina caiu drasticamente. Foi apurado pelo O POVO que as vendas dos postos de combustíveis reduziram em até 80%, desde o início das medidas de isolamento.

Em virtude do baixo consumo de gasolina, o preço do combustível está em queda desde o início da pandemia de coronavírus. Tanto que, atualmente, o litro pode ser encontrado por R$ 3,86 em postos da Capital, segundo levamento semanal de preços da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Cerca de um mês atrás, era possível observar o litro sendo vendido por R$ 4,19.

Segundo o assessor econômico do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado do Ceará (Sindispostos-CE), Antônio José Costa, os postos que estão conseguindo manter um bom volume de vendas registram uma redução de faturamento 50% menor, em relação ao período antes do anúncio das medidas de confinamento. Ele ainda informa que nenhum posto está conseguindo vender mais que a metade da quantidade vendida nos dois primeiros meses do ano (janeiro e fevereiro).

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Com a redução do consumo de gasolina, já começam a surgir as demissões de funcionários nos postos de combustíveis, como destaca Antônio José Costa. "Tem postos que já demitiram 30% dos contratados. No começo, os estabelecimentos ainda seguraram os funcionários, fazendo acordo para conceder o período de férias. Mas, agora, isso já está sendo possível". 

Apesar das demissões de funcionários, ainda não houve o registro de estabelecimento que encerraram suas atividades. "Até agora, tem empresários ameaçando fechar as portas, entretanto, ainda não temos notícias de postos de gasolina que realmente concretizaram o fechamento", afirma Antônio José Costa.

Segundo o consultor na área de petróleo e gás, Bruno Iughetti, cenário para o setor de combustíveis só deve melhorar com a flexibilização das medidas restritivas. Afinal, com o retorno gradual das atividades não essenciais, as pessoas terão a liberdade de retomar suas rotinas, tomando as devidas precauções sanitárias, e precisarão abastecer seus veículos para se locomover entre um local e outro.

"Com o isolamento social, as pessoas estão permanecendo em suas casas. Quando houver uma abertura, a retomada do consumo irá ocorrer paulatinamente. Pelas análises de consumo, nada deve mudar até junho. Com retorno das atividades não essenciais, certamente o consumo irá retomar aos níveis observados anteriormente. A única exceção de crescimento deste momento é o gás de cozinha, que aumentou o consumo em cerca de 2%, muito por conta das pessoas estarem em casa.", afirma Bruno Iughetti.

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