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Caixa anuncia R$ 43 bilhões em novas linhas de crédito imobiliário e carência de seis meses

Instituição financeira oferecerá seis meses de carência, tanto para pessoas físicas como jurídicas
10:52 | Abr. 09, 2020
Autor O Povo
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Tipo Notícia

A Caixa Econômica Federal anunciou nesta quinta-feira, 9, em transmissão realizada em sua redes sociais, que está oferecendo R$ 43 bilhões em novas linhas de crédito imobiliário, como forma de estimular o setor de habitação e evitar a demissão de aproximadamente 1,5 milhão de brasileiros que atuam na construção civil. Segundo a instituição financeira, as pessoas físicas e jurídicas que aderirem ao crédito terão seis meses de carência para realizar o primeiro pagamento do contrato, algo inédito na história do banco.

Segundo o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, a expectativa é de que 530 mil novas unidades habitacionais sejam construídas com a medida. "Trata-se de uma ação importante porque permite que as empresas continuem suas operações, principalmente por conta dos seis meses de carência. Isso significa que uma pessoa ou empresa que compra um imóvel hoje, só começará a pagar no sétimo mês. Isso nunca aconteceu e mostra um alinhamento do banco com a sociedade neste momento de crise", comenta.

Ainda segundo a Caixa, os novos recursos disponíveis possibilitarão um adiantamento de 20% dos custos da obra para novos empreendimentos imobiliários, assim como a possibilidade de as construtoras anteciparem o cronograma de suas atividades e receberem os recursos de imediato. As linhas de crédito englobam, por exemplo, novos financiamentos do programa Minha Casa, Minha Vida. "Um dos nossos objetivos é evitar demissões. Se a empresa quiser aderir ao crédito, terão que proteger seus colaboradores", diz Guimarães.

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A Caixa também reforçou que os contratos de habitação vigentes podem ser postergados por até 90 dias durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). "Se a crise continuar, iremos ampliar essas linhas" destaca o presidente da instituição financeira. Nas últimas semanas, a Caixa já havia anunciado R$ 111 bilhões em novas linhas de crédito, dos quais R$ 35 bilhões já foram emprestados. 

Confira as medidas anunciadas pela Caixa:

 

Para pessoas físicas

 - Implementada a pausa de 90 dias no financiamento habitacional, para clientes adimplentes ou com até 2 (duas) parcelas em atraso, incluindo os contratos em obra.

- Possibilidade dos clientes que utilizam a conta vinculada do FGTS para pagamento de parte da prestação, pausar a parcela não coberta pelo FGTS por 90 dias.

- Clientes adimplentes ou com até 2 (duas) parcelas em atraso poderão optar pelo pagamento parcial da prestação do financiamento, por 90 dias.

- Prazo de carência de 180 dias para contratos de financiamento de imóveis novos.
Aos clientes que constroem com financiamento da CAIXA (construção individual) será permitida a liberação antecipada de até 2 (duas) parcelas, sem a vistoria.

- Renegociação de contratos com clientes em atraso entre 61 e 180 dias, permitindo pausa ou pagamento parcial das prestações.

Para pessoas jurídicas

- Antecipação de até 20% dos recursos do Financiamento à Produção de empreendimentos para obras a iniciar.

- Antecipação da liberação dos recursos correspondentes a até 3 (três) meses, limitado a 10% do custo financiado, para obras em andamento e sem atrasos no cronograma.

- Liberação de recursos de financiamento à produção não utilizados pela empresa nos meses anteriores, limitado a 10% do custo financiado.

- Implementada a pausa no financiamento à produção de 90 dias, para clientes adimplentes ou com até 2 (duas) parcelas em atraso, incluindo os contratos em obra.

- Permitir o pagamento parcial da prestação do financiamento, por até 90 dias, para os clientes adimplentes ou com até 2 (duas) parcelas em atraso.

- Inclusão ou prorrogação de carência por até 180 dias, para os projetos com obras concluídas e em fase de amortização.

- Possibilidade de prorrogação do início das obras por até 180 dias.

- Admitir a reformulação do cronograma de obra, nos casos de contingências na execução por questões decorrentes da pandemia.

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