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Fiec declara "profunda preocupação" após revogação de decreto de Camilo

Federação das Indústrias do Ceará argumenta que setores têxtil e de produção de roubas seria essencial na para a confecção de Equipamento de Proteção Individual (EPIs). Governador tinha flexibilizado decreto de isolamento social, liberando abertura de indústrias, mas voltou atrás horas depois seguindo orientação de equipe médica do Estado

A Federação das Indústrias do Estado (Fiec) declarou em nota publicada nesta segunda-feira, 6, que a revogação do decreto que liberava atividades da indústria têxtil e de confecção de roupas pode afetar a de equipamentos de proteção individual (EPIs) para profissionais de saúde. 

Visando o combate ao novo coronavírus, o Governo do Estado do Ceará revogou na madrugada de hoje o decreto que permitia as atividades da indústria têxtil e de confecção de roupas. Agora a Fiec teme “que o cenário (escassez de insumos) se agrave ainda mais”.

"Estes componentes, que são fabricados pela indústria, já começaram a faltar nas unidades, segundo informações do setor hospitalar no Ceará. Ao liberar a indústria têxtil, e de confecções e roupas, seria possível reverter esse cenário, garantindo a fabricação de tais insumos. Nossa indústria atenderia à demanda interna, ao invés de buscar comprar esses produtos fora do País, onde a escassez já é a realidade", declarou a Federação em nota.

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A Fiec afirma que entende que a situação precisa de uma solução que beneficie a todos — preservando a vida e alimentando a economia — e que por esse motivo buscará um caminho coerente. "Que possamos retornar de forma gradativa, desde que seja com segurança, para trabalhar respeitando todas as regras de segurança apontadas pelas autoridades de saúde”, disse em nota.

Confira a íntegra da nota da Fiec

“A Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) tem acompanhado e contribuído com o Governo do Estado, de modo permanente, nas ações de enfrentamento ao coronavírus (Covid-19). Nas últimas semanas ouvimos os encaminhamentos e decisões governamentais que impactaram os inúmeros setores que compõem nossa cadeia.

Nesta hora difícil conseguimos, em conjunto, fazer com que a indústria essencial (como alimentos, fármacos e químicos) continuasse a produzir. Tudo para que a sociedade ampliasse a prevenção e pudesse implementar de forma tranquila o isolamento social.

Todavia, na última semana, montamos uma força-tarefa para que não faltassem EPIs (equipamentos de proteção individual), sobretudo, para profissionais da saúde e hospitais. Estes componentes, que são fabricados pela indústria, já começaram a faltar nas unidades, segundo informações do setor hospitalar no Ceará. Ao liberar a indústria têxtil, e de confecções e roupas, seria possível reverter esse cenário, garantindo a fabricação de tais insumos. Nossa indústria atenderia à demanda interna, ao invés de buscar comprar esses produtos fora do país, onde a escassez já é a realidade. Outros setores industriais, que estão sendo demandados para equipar unidades de saúde e para assegurar a qualidade de vida das famílias, também seriam essenciais neste momento crucial da nossa história.

Porém, na madrugada desta segunda-feira (06), com a revogação do decreto que liberava parte das atividades importantes, muitas indústrias que já haviam mobilizado pessoal e estrutura ainda no domingo (05) para iniciar o trabalho, tiveram que barrar a entrada de seus colaboradores nesta segunda pela manhã. Ao retroceder na liberação destas atividades, amplia-se a nossa profunda preocupação de que o cenário se agrave ainda mais.

Cientes da necessidade de uma solução que beneficie a todos, que simultaneamente preserve a vida e alimente a economia, continuaremos na busca por um caminho coerente, que garanta o retorno parcial das atividades essenciais da indústria, possibilitando assim a superação desta crise com um mínimo de risco possível.

Ressaltamos a responsabilidade que temos com os nossos trabalhadores, não apenas com o labor em si, mas com a sua saúde e bem estar. Não há vida sem trabalho. Portanto, que possamos retornar de forma gradativa, desde que seja com segurança, para trabalhar respeitando todas as regras de segurança apontadas pelas autoridades de saúde.

Isto posto, reforçamos aqui o nosso compromisso de seguir ao lado do Estado, na busca por um diálogo consistente que leve a uma tomada de decisão coletiva, onde todos sejam beneficiados.”

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