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Pesquisa mostra que alimentos frescos e preparações culinárias predominam no padrão alimentar do cearense

Levantamento do IBGE traz dados sobre as quantidades da aquisição de alimentos para consumo nos domicílios do País, com informações sobre as regiões e os estados.
15:42 | Abr. 03, 2020
Autor Bruno Balacó
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Bruno Balacó Jornalista de esportes
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Tipo Notícia

Em parceria com o Ministério da Saúde, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira, 4, um novo recorte da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018, trazendo informações sobre a avaliação nutricional da disponibilidade de alimentos no Brasil. Os dados mostram que cerca de metade (49,5%) das calorias totais disponíveis para consumo nos lares brasileiros são oriundas de alimentos frescos (como carnes, leite e arroz) ou minimamente processados. Na sequência aparecem ingredientes culinários processados (22,3%), alimentos ultra processados (18,4%) e alimentos processados (9,8%). Essas quatro categorias integram a atual classificação de alimentos segundo a extensão e o propósito do processamento industrial a que eles foram submetidos antes de serem adquiridos pelos consumidores.

No Ceará, cerca de um ¾ da disposição alimentar calórica é oriunda de alimentos frescos (54,4%) ou minimante processados (20,4%), ou seja, com dados acima média nacional (71,8%). Na sequência, aparecem os alimentos ultra processados (14,4%) e os alimentos processados (10,8%). O levantamento considerou as quantidades adquiridas de cada um dos 334 itens de consumo (em quilogramas ou litros) que foram transformadas em calorias.

A disposição alimentar calórica de alimentos in natura no Ceará é praticamente a mesma em relação ao Nordeste (54,5%) e, no comparativo das regiões do País, só está atrás do Norte (58,2%).

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Dentro da categoria de alimentos frescos ou minimamente processados, as principais participações calóricas dos cearenses são do arroz (19,1%), carne de aves (7,6%), leite (5,2%) e feijão (5,2%). Já em Ingredientes culinários processados, as principais marcas são as de açúcar (10,7%) e óleo vegetal (7,1%).
No que diz respeito aos alimentos ultra processados, os destaques do consumo cearense ficam por conta dos biscoitos salgados (2,4%), biscoitos doces (2%) e margarina (1,9%). Já o grupo de alimentos processados trazem como principal participação calórica os pães (9,1%).

A pesquisa mostra ainda que, no comparativo com a região Nordeste, no grupo alimentos in natura e minimamente processados, o Ceará possui a maior participação calórica de carnes de aves (7,6%) e a menor de carne bovina (2,4%), ao lado de Pernambuco e Alagoas.

Essa foi o terceiro levantamento de avaliação nutricional divulgado pelo IBGE. Os outros foram com dados de 2002-2003 e 2008-2009. Em relação às outras duas pesquisas, os dados atuais indicam que alimentos frescos ou minimamente processados e ingredientes culinários processados vêm perdendo espaço no País para alimentos processados e, sobretudo, para alimentos ultraprocessados.

Ao analisar os dados cearenses na pesquisa, o IBGE concluiu que o estado do Ceará apresentou médias acima da nacional e da Região Nordeste para quatro dos 17 grupos. São eles: Cereais e leguminosas; Panificados; Aves e ovos; e Bebidas e infusões.

Por outro lado, o órgão chamou atenção para as médias baixas da aquisição alimentar no Estado para os grupos Hortaliças, Frutas, Cocos, castanhas e nozes, e Carnes. “Todos apontando que a média nacional é superior ao menos ¼ da auferida em nosso estado”, diz o comentário do IBGE local.

Em relação aos grupos de produtos, a aquisição alimentar per capital anual (kg) de carne no Ceará (15,4%) ficou abaixo em relação ao Nordeste (18,6%) e Brasil (20,7%).

 

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