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Veja os alimentos que estão com preço oscilando durante a crise do coronavírus

Produtos importados e trazidos de outros estados registram alta nos preços. Já itens populares, como o tomate, têm preços acessíveis
20:30 | Abr. 02, 2020
Autor Bruno Balacó
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Bruno Balacó Jornalista de esportes
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Tipo Notícia

Para não ter de pagar mais caro nas compras rotineiras, o consumidor está sendo obrigado a rever alguns hábitos de consumo. No Ceará, a pandemia do novo coronavírus já tem afetado o preço de vários itens que costumam fazer parte da mesa e dos lares dos cearenses. É o caso, por exemplo, de alguns legumes, como batata, cebola, cenoura e alho, além do tradicional feijão, que estão apresentando alta nos preços nos mercados.

“Os produtos que chegam de outros estados tiveram uma redução de consumo no mercado. No caso da batata inglesa e da cenoura, houve uma redução das colheitas lá em Pernambuco e Bahia, por isso esses produtos sofreram um acréscimo nos preço. A cenoura está aparecendo a R$ 4 o quilo. A batata inglesa a R$ 3,80. Houve um disparo também em alguns grãos e cereais. Houve menores colheitas do feijão carioquinha, já disparou para R$ 6,50 no atacado. Tá muito alto. Acompanhando esse preço está o feijão de corda, que passou para R$ 6 o quilo. Essa produção não despontou aqui no Ceará ainda. A cebola também chegou num preço que deixou muitos consumidores assustados”, comentou Odálio Girão, analista de mercado da Central de Abastecimento (Ceasa) Ceará, em entrevista ao O POVO. 

O mesmo cenário de preços elevados também é notado em alimentos importados. “O alho, que chega através de países como a Argentina e a China, tava de R$ 18 e foi para R$ 25 a saca. A maçã, a ameixa e o pêssego também aumentaram, por conta da questão do dólar, que disparou nas últimas semanas, estando bem acima de R$ 5”, disse Girão.

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O analista de mercado da Ceasa destaca ainda que alimentos como banana, laranja e ovos também tiveram incremento de preços, mas enfatiza que esses itens estão sendo ofertados em boa quantidade no mercado, sem risco de desabastecimento. “O ovo de granja disparou de preço. Uma bandeja com 30 unidades está a R$ 11. O fato de as pessoas estarem mais em casa e requisitarem mais esse produto, que é considerado um alimento muito saudável, tem contribuído para esse aumento de preço. Mas temos uma avicultura muito organizada. É um produto que nunca falta. Assim como a produção das bananas, que em grande parte vem daqui mesmo, de cidades como Baturité, Palmácia e Redenção. É o nosso produto carro-chefe”, observou.

Baixas de preço

Por outro lado, o consumidor também poderá encontrar no mercado alguns tipos de frutas, legumes e grãos com um preço mais em conta. Caso do tomate, feijão verde, milho verde, manga, mamão, abacate, goiaba, melancia, abóbora, couve, pepino e pimentão. ”Estamos com um preço bem controlado do tomate. É um produto que as pessoas podem comprar à vontade, que está com um preço bom, já que temos uma boa safra da região da Ibiapaba, aqui no Ceará. É um dos produtos do momento. O que traz tranquilidade para o consumidor também é o preço do feijão verde, que está de R$ 6 o quilo, ele que já esteve a R$ 10. Teremos uma nova colheita de feijão verde após a Semana Santa. O milho verde também está com um preço ótimo, de R$ 0,50. Mesmo caso das frutas típicas aqui da nossa região, como manga, mamão”, citou.

No meio termo, entre itens que mantiveram a mesma faixa de preço, sem grandes oscilações, aparecem o leite, o queijo e açúcar, pontua Odálio, que finaliza com uma dica. “É o momento do consumidor repensar alguns hábitos. Daqueles produtos que estão em alta de preço, ele reduz o consumo. Ao invés de comprar 3 kg, compra apenas 2 kg. É possível também fazer uma substituição dos legumes. Trocar a cenoura pela beterraba, que está num preço bom. Da mesma forma, é tempo de aproveitar os produtos da vez, que estão com um preço bom: feijão verde, tomate, maga”, orienta.

Equilíbrio nos supermercados

Em relação à oscilação de preços dos demais insumos do lar, produtos industrializados e de higiene pessoal, o presidente da Associação Cearense de Supermercados (Acesu), Gerardo Albuquerque, garantiu que a tabela de preços e oferta nas prateleiras tem se mantido em equilíbrio. “Não registramos uma queda brusca e nenhum consumo exagerado de nenhum produto. O que existem são questões sazonais desse período, de itens que estão saindo bastante, como a laranja e o coco. O único item que nós estamos enfrentando dificuldade é com a questão do álcool em gel, por conta de toda a procura em função do coronavírus. A cerveja, por exemplo, é um produto que deu uma melhorada no preço”, observou Albuquerque.

Serviço

Itens com preço mais acessível na primeira semana de abril de 2020: feijão verde, milho verde, mamão, abacate, goiaba, melancia, abóbora, couve, pepino, tomate e pimentão.

Itens com preço acima da média na primeira semana de abril de 2020: ovo, feijão carioquinha, feijão de corda, cenoura, alho, cebola, batata inglesa, ameixa, maçã e pêssego.


Fonte: Ceasa

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