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Coronavírus: companhias aéreas cancelam voos e suspendem parte das operações em aeroportos do Ceará

Companhias aéreas que operam em solo cearense registram suspensão de vôos internacionais, fechamento da operação em aeroportos de menor porte e redução na oferta doméstica de voos.
17:50 | Mar. 20, 2020
Autor Bruno Balacó
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Bruno Balacó Jornalista de esportes
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Tipo Notícia

O agravamento do quadro de propagação do coronavírus no Ceará está fazendo as companhias aéreas adotarem medidas de impacto diante da situação vivida no Estado, onde já há transmissão comunitária da doença. Em nota, a Fraport Brasil, que administra o Aeroporto Internacional de Fortaleza, confirmou que a malha aérea doméstica está passando por ajustes de forma a se adequar à diminuição do fluxo de passageiros.

O embarque e desembarque de voos internacionais em Fortaleza estão suspensos em várias companhias, atingindo a Air Europa (que faz o trecho Fortaleza – Madrid), Azul (Fortaleza – Caiena), Cabo Verde (Fortaleza – Ilha do Sal), Gol (Fortaleza – Buenos Aires | Fortaleza – Miami) e TAP (Fortaleza – Lisboa). Já a KLM (que faz a linha Fortaleza – Amsterdam) cancelou suas operações de 21, 28 e 30 de março, assim como a Air France (Fortaleza – Paris) cancelou os voos de 25, 27 e 29 de março deste ano.

GOL

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A Gol Linhas Aéreas confirmou ao O POVO Online o cancelamento operacional de dois voos no Aeroporto de Fortaleza. A companhia informou que a programação da empresa está passando por ajustes constantes que visam garantir o equilíbrio entre o novo cenário de demanda e a qualidade e amplitude da nossa malha aérea. Diante isso, a Gol anunciou que reduzirá sua capacidade total em aproximadamente 60% a 70% até meados de junho, sendo uma redução de 50% a 60% no mercado doméstico e uma redução de 90% a 95% no mercado internacional.

LATAM

Sobre cancelamentos ou adiamentos de voos no Ceará, a companhia Latam informou que não tem informações pontuais sobre rotas específicas afetadas no Estado.

A empresa reafirmou ainda o posicionamento anunciado no último dia 16 de março, em que o Grupo garantiu ter reduzido 70% de todas as suas operações, o que corresponde a 90% de seus voos internacionais e 40% das operações domésticas do Grupo.

“A companhia não está medindo esforços para oferecer flexibilidade aos passageiros diretamente impactados por esta crise sem precedentes, tanto para os que compraram passagens com dinheiro quanto aqueles que as emitiram com pontos, sem qualquer diferenciação”.

Declarou ainda que, para agilizar o atendimento, está priorizando os clientes com voos programados para as próximas 48 horas, que podem remarcar as suas viagens diretamente pelo site da companhia.

AZUL

Nos voos domésticos os impactos são mais brandos, mas com registros de cancelamentos de viagens e fechamento de operações em alguns aeroportos. Em contato com O POVO Online, a companhia informou que, em função da queda na demanda pelo efeito coronavírus, suspenderá as operações em algumas de suas bases, incluindo Aracati e Cruz (Jericoacoara), no Ceará. A suspensão vai de 23 de março a 30 de junho deste ano.

No balanço geral de suas operações, a Azul está reduzindo sua capacidade consolidada de 20% a 25% no mês de março e entre 35% a 50% em abril e meses seguintes até que a situação se normalize no País.

A assessoria de comunicação da Azul destacou ainda que já está em contato com os clientes impactados pelas alterações e ressaltou que todos eles serão reacomodados em outros vôos.

ANAC

A Latam, Gol e a Azul não se posicionaram sobre perspectivas sobre cancelamentos voos futuros em suas companhias. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) também foi procurada pelo O POVO Online para o repasse de informações sobre os impactos nos voos domésticos e a tomada de medidas que possam afetar os deslocamentos interestaduais aéreos de passageiros, mas não deu retorno.

No último comunicado divulgado em seu site oficial, a Anac emitiu um esclarecimento informando que o fechamento de aeroportos cabe ao Governo Federal e que essa medida não foi adotada em nenhum estado brasileiro. A agência reforçou ainda que a interdição de um aeroporto não é uma conduta indicada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) neste momento e pode prejudicar de forma irresponsável o deslocamento de pessoas, profissionais de saúde, vacinas, órgãos para transplante e até insumos para medicamentos para os estados brasileiros.

A Anac informou também que seguirá sempre as determinações das autoridades federais que possuem a competência para tratar do assunto e que pautam suas ações no máximo cuidado com a população.

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