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Economia do Ceará cresce em ritmo lento, mas acima da média no NE

Enquanto no Estado o Índice de Atividade Econômica (IBC-R) no terceiro trimestre deste ano ficou em 0,17%, a média do Nordeste foi de -0,16%
01:30 | Nov. 15, 2019
Autor Irna Cavalcante
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Irna Cavalcante Repórter no OPOVO
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Tipo Notícia

A economia do Ceará cresceu 0,17% no terceiro trimestre deste ano, em comparação ao trimestre anterior. Os dados divulgados ontem pelo Banco Central sinalizam que o processo de retomada da economia ainda é lento no Estado, mas acima da média observada no Nordeste, que registra indicadores negativos (-0,16%).

O comportamento do Índice de Atividade Econômica (IBC-R), usado pelo Banco Central para avaliar a evolução mensal do comportamento da economia, mostra que o Ceará está mais em linha com o que está sendo observado no País. No terceiro trimestre deste ano, o nível geral de atividade econômica foi de 0,91%.

Quando se observam os dados em relação ao terceiro trimestre de 2018, a alta neste ano no Estado é de 0,66%, enquanto que no Brasil foi de 0,99%. O resultado considera dados dessazonalizados, com ajustes, para o período.

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Para o economista Alcântara Macedo, isso significa que a boa situação fiscal do Ceará, os investimentos públicos em infraestrutura e a atração de importantes investidores para o Estado, a exemplo de Rotterdã no Porto do Pecém e a Fraport no Aeroporto Internacional Pinto Martins, têm sido decisivos para amenizar os efeitos da crise que ainda persistem.

"A nova política econômica mais liberal, que está sendo implementada no Brasil, ainda não tem um degrau positivo, não vamos crescer nem 1% neste ano, mas já tem trazido sinalizações importantes para a volta do investimento, como o andamento das reformas. E o Ceará tem, diferentemente de outros estados da região, conseguido manter um ritmo melhor, porque está com a casa mais arrumada e os investimentos que foram feitos antes".

Ele destaca, por exemplo, a movimentação do Porto do Pecém que, em outubro, bateu recorde de quase 2 milhões de toneladas, puxado pelo crescimento do transporte de carvão mineral; gás de petróleo; produtos siderúrgicos; alumínio e suas obras.

E também pela alta observada no segmento de energias renováveis. A dinamarquesa Vestas, maior fabricante de aerogeradores do mundo, abriu no último dia 12 mais uma unidade fabril no Ceará. "E mesmo no turismo, o Ceará acaba tendo maior chance que no resto do Nordeste, porque foi menos afetado pelas manchas de óleo".

Em setembro, o IBC-R do Ceará apresentou leve recuo de 0,10% em relação ao mês anterior e de 0,66% no comparativo com igual período do ano passado. No acumulado do ano, o crescimento da atividade econômica no Estado foi de 2,21% e de 2,31% no comparativo de 12 meses. Acima dos percentuais nacionais que foram, respectivamente, de 0,80% e 0,99%. 

O economista Gilberto Barbosa avalia que a taxa muito alta de desempregados e um crédito ainda muito caro, mesmo com a taxa básica de juros (Selic) em sua mínima histórica, são fatores que têm dificultado a retomada da economia no País e, consequentemente, no Ceará.

Ele diz que como historicamente o último trimestre é de melhor do que os anteriores, pela própria sazonalidade da época, com maior injeção de recursos na economia em função do 13º salário e as festas de fim de ano, é esperado um resultado melhor no próximo indicador.

Para 2020, ele vê com otimismo a retomada de outros setores como o da construção civil no Estado. "Até porque isso já está sendo observado em outras regiões".

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