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Fortaleza tem maior prévia da inflação do Brasil

A alta é de 4,37%, segundo dados divulgados pelo IBGE. Em setembro, a variação foi de 0,24%, em relação a agosto
14:02 | Set. 24, 2019
Autor Irna Cavalcante
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Irna Cavalcante Repórter no OPOVO
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Tipo Notícia
   

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) na Região Metropolitana de Fortaleza, considerado a prévia da inflação, fechou o mês de setembro com variação de 0,24%, em relação a agosto. Mas, no acumulado de 12 meses, a alta já chega a 4,37%. É a maior do País.

Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os gastos no grupo habitação (1%) puxaram a alta na RMF. Sobretudo, energia elétrica residencial (3,82%).

Em seguida, aparece o grupo transportes (0,86%), influenciado pelo aumento dos combustíveis (3,27%) e destaques para os subitens gasolina (3,74%) e passagens aéreas (2,93%). Já os artigos de residência foi influenciado pelas variações em: mobiliário (1,5%); cama mesa e banho (1,08%) e utensílios e enfeites (1,02%).

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Comer fora de casa também está pesando um pouco mais no bolso dos cearenses. O aumento de 0,39% é puxado, principalmente, pelo encarecimento nos preços dos lanches (1,18%) e refeição (0,38%).

O grupo alimentação e bebidas, o de maior peso na composição do índice, teve leve retração no período (-0,30%), principalmente por causa da queda dos preços do tomate (-33,17%), cenoura (-10,42%) e farinha de mandioca (-5,62). Por outro lado, a alta nos preços da banana-prata (9,74%), no peixe-serra (7,06%) e mamão (6,03%) minimizaram o impacto da queda.

Também registraram baixa no período os gastos com despesas pessoais, educação, comunicação e alimentação no domicílio.

A pesquisa do IBGE mostrou ainda que no acumulado trimestral (IPCA-E) a variação da prévia da inflação na RMF é de 0,26%. Atrás de São Paulo (0,44%), Curitiba (0,40%), Porto Alegre (0,33%) e Belo Horizonte (0,30%).

No Brasil, em setembro, o IPCA -15 variou 0,09% em setembro, ficando próximo à taxa de 0,08% registrada em agosto. No acumulado de 12 meses, a variação é de 3,22%. Já o IPCA-E ficou em 0,26%, abaixo da taxa de 0,86% registrada em igual período de 2018.

Para o economista da Universidade Federal do Ceará (UFC), Érico Veras Marques, a tendência é que neste cenário de taxa básica de juros (Selic) em baixa, atualmente está em 5,5%, a menor da história, a inflação aumente um pouco, mas ainda de forma controlada. “Com a redução da Selic o que se espera é que haja um aumento de consumo, mas a questão do desemprego muito forte ainda é um desafio”.

Ele reforça, no entanto, que o impacto da inflação no custo de vida das pessoas pode variar dependendo dos hábitos de consumo.

O IBGE considerou preços coletados no período de 14 de agosto a 12 de setembro de 2019 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 13 de julho a 13 de agosto de 2019 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.

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