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Aprovação da reforma gera condições estimulativas, reafirma Campos Neto

17:25 | Jun. 27, 2019
Autor Agência Estado
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Tipo Notícia
O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, reafirmou nesta quinta-feira, 27, que a instituição trabalha com cenário de aprovação da reforma da Previdência, a qual gerará, na avaliação dele, condições estimulativas para a Economia. Campos Neto, no entanto, evitou comentar em qual etapa da tramitação do processo o Comitê de Política Monetária (Copom) poderia, ou não, reduzir a taxa básica de juros.
"É impossível fazer projeções além disso", afirmou ele durante apresentação sobre o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado mais cedo.
Sobre o assunto, o diretor de Política Econômica do BC, Carlos Viana de Carvalho, completou e, segundo ele, "a aprovação da reforma é um componente no balanço de riscos e isso será avaliado no Comitê (Copom)".
Câmbio e PIB
Campos Neto negou que a instituição tenha alguma proposta de mudança na política cambial, mas pregou uma menor discriminação no uso de instrumentos disponíveis no BC. "Não temos discriminação aos diferentes instrumentos (sobre câmbio) que estão na mesa", afirmou. "Se tiver demanda maior no futuro que spot, vamos intervir. Se tiver maior demanda por spot que no futuro, vamos intervir também", completou.
Para justificar a projeção de redução do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), o presidente do BC usou como ilustração o funcionamento de um avião em movimento. Disse que a queda na estimativa de PIB ocorre porque a "turbina 'pública' diminui de intensidade e a turbina 'privada' não avança como deveria". Ele atribuiu a revisão também à decepção em relação ao PIB do primeiro trimestre.
Campos Neto ratificou que medidas de redução de compulsório, como a anunciada na quarta-feira, 26, não substituem a política monetária. Para ele, ações como essa "estão mais ligadas à agenda de reforma" da instituição financeira.
Balanço de riscos
Carlos Viana de Carvalho comentou também nesta quinta-feira o fato de, nas comunicações mais recentes, a instituição não ter abordado a questão da simetria ou assimetria dos fatores de risco.
Nas comunicações mais recentes, o BC retirou o trecho em que, ao tratar dos riscos, afirmava que o "balanço de riscos para a inflação mostra-se simétrico".
De acordo com Viana, o BC passou a olhar uma perceptiva mais longa, sem falar sobre a simetria. Ao avaliar o balanço de riscos de modo geral, Viana reforçou que o julgamento é de que ele "melhorou".

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