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BC japonês mantém política inalterada e indica que juros permanecerão baixos

08:49 | Jun. 20, 2019
Autor Agência Estado
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Tipo Notícia
O Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) manteve inalteradas as diretrizes de sua política monetária na reunião que chegou ao fim nesta quinta-feira. Por sete votos a dois, o banco central japonês deixou a taxa de depósito de curto prazo em -0,1%, enquanto a meta para os juros dos bônus do governo japonês (JGBs, na sigla em inglês) foi mantida em torno de zero, com os rendimentos podendo flutuar para cima ou para baixo desse objetivo, "dependendo dos desenvolvimentos da atividade econômica e dos preços".
Além disso, a autoridade monetária continuou a indicar em seu comunicado o compromisso de comprar JGBs em um ritmo anual de 80 trilhões de ienes, apontando a manutenção da promessa de manter o afrouxamento monetário que vem sendo empregado nos últimos anos. O BoJ também pontuou que continuará a comprar fundos de índice (ETFs, na sigla em inglês) no ritmo anual de 6 trilhões de ienes e fundos de investimento imobiliários do Japão no valor anual de cerca de 90 bilhões de ienes. O compromisso de comprar 2,2 trilhões de ienes em commercial papers e 3,2 trilhões de ienes em bônus corporativos também foi mantido.
No comunicado que seguiu a decisão, o banco central apontou, ainda, que o programa de relaxamento quantitativo e com controle da curva de juros terá prosseguimento até que a meta de inflação de 2% seja alcançada de forma sustentada. O BoJ afirmou, também, que pretende manter as taxas de juros em níveis baixos, como os vistos atualmente, "por um longo período de tempo, pelo menos até a primavera [no Hemisfério Norte] de 2020, levando em conta as incertezas em relação à atividade econômica e preços, incluindo economias estrangeiras e os efeitos do aumento de impostos sobre consumo previsto".
Na avaliação do BoJ, os riscos para a perspectiva econômica do Japão incluem as políticas macroeconômicas nos Estados Unidos e seu impacto nos mercados financeiros globais; as consequências de movimentos protecionistas e seus efeitos; os desenvolvimentos em economias emergentes e exportadoras de commodities, como a China; e as negociações do processo de saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit). Para o banco central japonês, "os riscos negativos relacionados às economias no exterior provavelmente serão significativos, e também é necessário prestar atenção ao seu impacto sobre as empresas e no sentimento das famílias no Japão".

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