Ciclo de seminários sobre zoneamento do litoral cearense reúne 800 pessoas
As ações ocorreram nos municípios de Caucaia, Aracati, Jijoca de Jericoacoara e Itapipoca de 29 de maio a 5 de junho
A proposta de fazer um Zoneamento Ecológico-Econômico da Zona Costeira do Estado (Zeec) de forma participativa, escutando a população que habita e trabalha nos municípios do litoral cearense, iniciou de forma positiva ao reunir em quatro seminários cerca de 800 pessoas dos mais diversos segmentos. As ações que envolvem as regiões da Costa Oeste, Leste, Extremo Oeste, além da Região Metropolitana de Fortaleza, ocorreram nos municípios de Caucaia, Aracati, Jijoca de Jericoacoara e Itapipoca de 29 de maio a 5 de junho.
Nessa quarta-feira, 5, foi realizado o quarto seminário do Zeec, no auditório do Instituto Federal do Ceará (IFCE), em Itapipoca, encerrando o ciclo de seminários do projeto. Esta é a primeira etapa de um estudo que tem como objetivo estabelecer diretrizes de ordenamento e de gestão do território, considerando as características ambientais e as dinâmicas socioeconômicas do litoral cearense. Outras três etapas acontecerão ao longo do ano: diagnóstico, prognóstico e audiências públicas, todas contarão com a participação social. O estudo será apresentado em fevereiro de 2020.
O secretário do Meio Ambiente do Ceará, Artur Bruno, ressalta a importância do envolvimento popular para o sucesso do processo e afirma que realizar um trabalho participativo requer coragem. “Este é apenas o início das fases do Zeec. Seria muito mais fácil reunir técnicos para fazer um plano e uma lei, mas isso traria prejuízos sociais. O que estamos fazendo dá muito trabalho, pois há debates e divergências, no entanto, é necessário ouvir e respeitar aqueles que pensam diferente. Todos nós aqui almejamos o mesmo propósito: garantir o crescimento econômico do nosso Estado”, ressalta.
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AssineA professora Fátima Catunda, consultora do Consórcio TPF GAU, responsável pela condução dos seminários do ZEEC, explica que os seminários se constituíram em momentos de trabalho e interação entre o poder público e a população. “Os participantes foram divididos em grupos de interesses nos quais discutimos vários aspectos, desde a expansão urbana e imobiliária para o litoral, passando pelas atividades industriais, aeroportuárias, de energias renováveis e de diversos empreendimentos dentro da cadeira produtiva, até as atividades turísticas e seus diversos desmembramentos” ressalta.
Os seminários contaram com a presença de diversos segmentos: micros e pequenos empreendedores, secretários municipais de Meio Ambiente, Cultura, Turismo, Educação, Agricultura, representantes de comunidades indígenas, de associações e organizações não governamentais, de universidades, estudantes, pesquisadores, representantes da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no Ceará (ABIH-CE), do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Ceará (Sinduscon-CE) e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/CE),Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) e Capitania dos Portos, proprietários de hotéis, pousadas, pescadores e cooperativas.
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