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Endividamento das famílias sobe em março ao maior nível desde setembro de 2015

11:44 | Abr. 04, 2019
Autor Agência Estado
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Tipo Notícia
O endividamento das famílias brasileiras alcançou em março ao maior patamar desde setembro de 2015, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O total de famílias endividadas subiu de 61,5% em fevereiro para 62,4% em março, um aumento de 0,9 ponto porcentual e a terceira alta mensal consecutiva, de acordo com os dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic). Em março do ano passado, o indicador estava em 61,2%.
A inadimplência também aumentou no último mês. O total de famílias com dívidas ou contas em atraso cresceu de 23,1% em fevereiro para 23,4% em março. Em março de 2018, porém, a fatia de inadimplentes era mais elevada, de 25,2%.
O porcentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso - e que, portanto, permaneceriam inadimplentes - aumentou de 9,2% em fevereiro para 9,4% em março deste ano. Em março do ano passado, o índice estava em 10,0%.
Segundo a CNC, a recuperação gradual das concessões de crédito e do consumo das famílias impulsiona o endividamento, mas houve impacto também da incidência dos gastos extras característicos de início de ano, ocasionando uma demanda maior por empréstimos.
"Entretanto, apesar da alta do porcentual de endividados, o comprometimento médio de renda com o pagamento de dívidas ficou estável, refletindo condições ainda favoráveis de juros e prazos", lembrou Marianne Hanson, economista da CNC responsável pela pesquisa, em nota oficial.
Em março, as famílias endividadas tinham, em média, 29,1% da renda comprometida com contas a pagar em cheque pré-datado, cartão de crédito, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro ou seguro. O tempo médio de comprometimento com dívidas entre as famílias endividadas foi de 6,8 meses.
O cartão de crédito foi apontado como a principal fonte de dívida por 78,0% das famílias endividadas, seguido por carnês (14,4%) e financiamento de carro (10,0%).

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