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Economia

PMI da indústria sobe a 53,4 pontos em fevereiro ante 52,7 em janeiro

03:03 | 10/03/2019
O indicador de atividade industrial brasileiro avançou para 53,4 pontos em fevereiro, após marcar 52,7 pontos em janeiro, revela o Índice Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) medido pela IHS Markit, sazonalmente ajustado. O movimento, dizem economistas da consultoria, é reflexo "de um aumento acentuado e acelerado na produção", com fábricas se preparando para atender à expectativa de crescimento da demanda doméstica. A geração de empregos no setor atingiu o ritmo mais intenso nos últimos nove anos, enquanto a recomposição de estoques foi a mais significativa em uma década.
A alta em fevereiro marcou a nona elevação consecutiva. Dos cinco componentes do indicador, quatro tiveram forte expansão: produção, novos pedidos, emprego e estoques de compras.
"A recuperação no setor industrial do Brasil continuou a ganhar força. Fevereiro mostrou a segunda expansão mais rápida nos volumes de produção em pouco menos de um ano, refletindo a maior entrada de pedidos provenientes do mercado doméstico", explica a economista da Markit Pollyanna de Lima. "As fábricas permaneceram firmemente em ritmo de contratação, com o nível de criação de empregos atingindo um pico de nove anos, e com as empresas se preparando para responder ao aumento na demanda", complementa.
Por outro lado, houve queda no volume de novos trabalhos para exportação, no terceiro mês seguido em retração. "As evidências destacaram as condições difíceis do comércio global e os problemas na Argentina como os principais fatores que levaram à desaceleração", diz a Markit.
Pelo segundo mês consecutivo, houve alta no nível de emprego no setor industrial brasileiro, no ritmo mais intenso desde abril de 2010, "em meio a relatos de maiores quantidades de vendas, necessidades mais elevadas de produção e de uma expectativa otimista em relação às perspectivas de crescimento", explica a consultoria.
A avaliação dos empresários da indústria em relação aos negócios permaneceu em patamar elevado, "sustentado por melhorias na economia brasileira, pela obtenção de novos negócios, por planos de lançamentos de produtos e por expectativas de melhores políticas governamentais".
"Somando-se ao quadro geral positivo, o grau de otimismo no setor ficou entre os mais fortes observados na história das séries, sugerindo, assim, que o Brasil está propenso a manter esse ímpeto positivo no curto prazo", destaca Pollyanna.

Agência Estado