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IPCA fica em 0,32% em janeiro, no piso das estimativas

20:24 | Fev. 08, 2019
Autor Agência Estado
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Tipo Notícia
Apesar dos tradicionais reajustes nos preços do transporte público e dos alimentos em janeiro, a inflação oficial no País voltou a surpreender positivamente no primeiro mês de 2019.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,32%, praticamente no piso das estimativas de especialistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast, que previam uma inflação mediana de 0,37%.
Após a divulgação dos dados feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), alguns especialistas se apressaram em revisar para baixo as projeções para o IPCA de 2019, distanciando-se cada vez mais do centro da meta de 4,25% determinada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano.
O Itaú Unibanco cortou sua previsão de 3,90% para 3,60% para o IPCA em 2019. A gestora de recursos Garde Asset Management diminuiu sua estimativa de 3,8% para 3,4% para este ano.
A recuperação lenta da economia e o avanço na ocupação via informalidade no mercado de trabalho explicam um crescimento ainda modesto na inflação de serviços, avaliou Pedro Kislanov da Costa, analista do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE.
"Teve redução da taxa de desocupação, mas a massa salarial continua estável. Essa recuperação é calcada na informalidade. As pessoas têm cautela ainda na hora de consumir, por isso a gente nota um crescimento nos serviços (na inflação de serviços), mas ainda é moderado", disse Costa.
A taxa acumulada em 12 meses pela inflação de serviços aumentou de 3,36% em dezembro de 2018 para 3,71% em janeiro de 2019. Quanto à inflação de bens e serviços monitorados pelo governo, houve desaceleração de 6,20% em dezembro para 6,04% em janeiro, o menor patamar desde julho de 2017.
No mês de janeiro, as famílias gastaram mais com tarifas de ônibus urbano, principal pressão sobre o IPCA, mas a queda nos preços dos combustíveis neutralizou o aumento. Gasolina, etanol e diesel ficaram mais baratos.
Quanto aos alimentos, embora tenham respondido sozinhos por mais de dois terços da inflação de janeiro, o tomate deu uma trégua, com queda de 19,46%. Outros itens importantes na cesta básica, porém, pesaram mais no orçamento, devido a entressafra e prejuízos na lavoura provocados por condições climáticas desfavoráveis características dessa época do ano: feijão, cebola, frutas e carnes. (COLABOROU THAÍS BARCELLOS)

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