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Livraria Cultura dá entrada em pedido de recuperação judicial

Recentemente, a empresa passou a atrasar ou faltar com pagamentos à fornecedores
22:23 | Out. 24, 2018
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A Livraria Cultura deu entrada a pedido de recuperação judicial nesta quarta-feira, 24. Em nota, a livraria informou que a medida visa normalizar compromisso com fornecedores e preservação da empresa, criada em 1947.

Recentemente, a empresa passou a atrasar ou faltar com pagamentos à fornecedores. Quando negociava prazos maiores com as editoras, não conseguia cumprir os acordos. Algumas editoras, visando evitar prejuízos, suspenderam o fornecimento de livros.

A nota esclarece que a recessão, que dura quatro anos, fez o mercado editorial encolher 40%. "Com essa medida visamos normalizar, em curto espaço de tempo, compromissos firmados com nossos fornecedores, preservando a saúde da empresa criada por Eva Herz em 1947, a manutenção de empregos e gerando mais estímulo para crescer".

Leia a íntegra da nota da Livraria Cultura 

"As incertezas do cenário econômico brasileiro e, dentro dela, a crise do mercado editorial, que encolheu 40% desde 2014, fez com que a Livraria Cultura passasse a enfrentar dificuldades, também. Infelizmente, após quatro anos de recessão, o cenário geral no país não apresenta sinais claros de melhoria.

Diante disso, a Livraria Cultura iniciou, há três meses, um duro programa de ajustes: eliminamos lojas de baixo resultado; redimensionamos o quadro de funcionários; cortamos despesas de toda ordem; fizemos uma revisão profunda do planejamento de curto e médio prazos.

Optamos também pela recuperação judicial da Livraria Cultura, cujo pedido está sendo apresentado hoje aos órgãos competentes. Com essa medida visamos normalizar, em curto espaço de tempo, compromissos firmados com nossos fornecedores, preservando a saúde da empresa criada por Eva Herz em 1947, a manutenção de empregos e gerando mais estímulo para crescer.

Já somos hoje uma empresa mais enxuta, eficiente e preparada para enfrentar os desafios do varejo na era do e-commerce. Queremos atuar de forma agressiva nos canais digitais e, ao mesmo tempo, iremos manter poucas, mas
ótimas lojas físicas pelo país. Estamos 100% sintonizados à ideia de que elas, as nossas lojas, não vendem apenas produtos e serviços. Vendem experiências que transformam a vida do cliente.

Estamos confiantes: acreditamos que a Livraria Cultura deu a largada para os próximos 70 anos."
 
Redação O POVO Online 

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