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Maior favela de São Paulo, Paraisópolis terá banco e moedas próprios

Coordenador da Incubadora Tecnológica de Economia Solidária da Universidade Federal de Alagoas, Leonardo Leal diz que as ações incluem pessoas que estão fora do sistema financeiro tradicional
18:36 | Mai. 13, 2018
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A maior favela de São Paulo, conforme censo de 2010 do IBGE, terá banco e moeda administrada pelos próprios moradores. A instituição será chamada Banco de Paraisópolis e será administrada pela associação de moradores e comerciantes da área. A moeda será impressa e circulará dentro do bairro, apenas. A informação é do portal G1

Conforme a Rede Brasileira de Bancos Comunitários, assim como Paraisópolis, existem outras 103 dessas instituições em funcionamento no país. Elas movimentaram R$ 40 milhões entre 2016 e o final do ano passado. Uma delas é o Banco Palmas, no bairro Conjunto Palmeiras, em Fortaleza.

Uma das atribuições destes bancos é proporcionar microcrédito com juros baixos a moradores e micro comerciantes. O Banco Paraisópolis terá agência dentro da favela. Oferecerá ainda cartão de débito e um aplicativo para celular. Hoje, mais de 6 mil pessoas usam cartão de crédito exclusivo para moradores da comunidade. 

Segundo o líder comunitário e presidente da União de Moradores e Comerciantes de Paraisópolis, Gilson Rodrigues, o propósito é de que as pessoas tenham conta, possam efetuar saques e fazer pequenos empréstimos. 

Para custear a iniciativa, a associação promoverá jantar de doações com empresários e personalidades. O dinheiro levantado será destinado a um fundo. Este fundo financiará as ações dos bancos. Assim, quando um morador pedir empréstimo, o valor sairá deste fundo. Quando ele pagar a dívida, o dinheiro volta ao banco para ficar disponível para outras pessoas. 

Coordenador da Incubadora Tecnológica de Economia Solidária da Universidade Federal de Alagoas, Leonardo Leal diz que as ações incluem pessoas que estão fora do sistema financeiro tradicional.
 
Redação O POVO Online 

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