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Motoristas fazem filas em postos que mantiveram preços mais baixos; veja quais

Os postos ficam na avenida Rogaciano Leite e na avenida Odilon Guimarães. Ambos levam a bandeira da marca Shell
20:40 | Jan. 04, 2018
Autor Carlos Holanda
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Carlos Holanda Repórter
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Tipo Notícia

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Mesmo com o preço da gasolina tendo passado pelo seu maior reajuste da história de Fortaleza, conforme apurado pelo O POVO Online, alguns postos de gasolina não praticaram o aumento de R$ 0,32 e nesses locais grandes filas foram formadas pelos motoristas. Um destes estabelecimentos fica na avenida Rogaciano Leite. Lá, a gasolina comum está R$ 4,07, o etanol está R$ 3,25 e o diesel R$ 3,41. Já na avenida Odilon Guimarães, no bairro Lagoa Redonda, a gasolina comum está R$ 4,05, a gasolina aditivada R$ 4,18, o etanol está R$ 3,29 e o diesel R$ 3,39. Ambos os postos levam a bandeira da marca Shell.

De acordo com o consultor na área de petróleo e gás, Bruno Iughetti, o não aumento do combustível destes postos é uma "estratégia de marketing". Ele diz que "a partir do momento em que ele (o empresário) adia a vigência do aumento, ele estará direcionando o maior número de motoristas para o seu posto. E o aumento da demanda dele é que faz a diferença. Com isso, o nível de faturamento sobe".

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O consultor explica que o preço do combustível depende dos cálculos que a Petrobras faz diariamente. Para isso, é levado em conta o preço do petróleo no mercado internacional e a variação cambial, "podendo haver tanto o acréscimo quanto a redução".

Diante do atual contexto, Iughetti diz que a tendência é de aumento. Ele informa que hoje o barril de petróleo está em US$ 60, mas tudo indica que este preço pode atingir US$ 65. Se isso acontecer, o preço será refletido nos postos de gasolina de forma imediata.

"É assim que funciona o mercado americano, o mercado europeu. As variações são em níveis diários. A partir do momento que a refinaria estabelece os preços, o efeito é imediato em toda a cadeia de distribuição, lê-se distribuidora e lê-se revendedora (postos de gasolina)", explica.

O consultor ainda afirmou que o aumento no preço da gasolina em nada tem a ver com a capacidade de armazenamento do terminal de gasolina do Mucuripe. "A tancagem é uma questão de logística e de infraestrutura. A tancagem do Mucuripe não é um fator".

 

 

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