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Conta de água sofrerá terceiro aumento em oito meses no Ceará

Segundo a Cagece o maior motivador deste reajuste é a estiagem que o Estado enfrenta há cinco anos. O reajuste começará a valer a partir de janeiro
10:36 | Dez. 23, 2017
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A Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) anunciou neste sábado, 23, o aumento de 5,7% na tarifa a partir do dia 22 de janeiro. Este é o terceiro reajuste aplicado em oito meses, tendo sido o primeiro de 12,9% em maio e o segundo de 4,33% em agosto.

Na prática, um cliente residencial popular, que compõe 75% dos consumidores da Cagece, com consumo de até 10 m³ sofrerá um aumento médio de R$ 1,30 (para serviços apenas de água) ou R$ 2,34 (para serviços de água e esgoto).

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O gerente de concessão e regulação da Cagece, João Rodrigues Neto, afirma que estes reajustes fazem parte de uma medida autorizada em maio de 2017 pelas agências reguladoras do Estado. Segundo ele, os acréscimos visam elevar a tarifa média para R$ 3,55, valor necessário para o pleno funcionamento da Companhia. “Em maio era um reajuste muito elevado, por isso fizemos de forma escalonada”, explica.

Ele afirma que o maior motivador dos acréscimos é a seca que o Ceará vem enfrentando há cinco anos, o que eleva os custos operacionais da Cagece. “Estamos tendo altos custos com material de tratamento e energia elétrica” diz o gerente. João Neto acrescenta que a baixa qualidade disponível nos reservatórios do Estado encarece o tratamento por conta de produtos químicos e processos necessários para a melhoria da água. “Estamos com mananciais com 4%, 5% de capacidade e com uma qualidade muito ruim”.

Entre abril e maio de 2018, as agências reguladoras do Ceará farão uma nova auditoria para verificar a necessidade de um novo reajuste na tarifa. Se a quantidade de chuvas no Estado for boa, a Cagece afirma que pode não haver um novo aumento nos valores, mas que é pouco provável haver uma redução de custos para o consumidor. “Caso nós tenhamos uma boa quadra chuvosa, nós saímos do estado de emergência hídrica e o Ceará pode sair da tarifa de contingência”, explica João Neto referindo-se à medida que começou a vigorar em Fortaleza em setembro de 2016.

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