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Produção de energia solar bate recorde no Nordeste

16:48 | Out. 06, 2017
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A energia solar ou fotovoltaica bateu recorde no sistema da Região Nordeste. O pico, às 10h50min da quarta-feira, 4, foi de 421 MW, com um fator de potência solar médio de 42%.

 

"Isso é extraordinário no mundo", afirma o pesquisador e empresário Fernando Ximenes, considerando que na China esse índice chega a 18% e na Alemanha 23%.
Segundo ele, que monitora os sistemas, mais que o crescimento da energia solar esse recorde mostra a competitividade dessa geração. Ximenes adianta que a energia eólica hoje representa 54% do consumo do Nordeste brasileiro. Ontem o fator de potência da energia eólica chegou a 65,05%, em média. Enquanto a energia hidráulica, que responde por 13,7% do consumo médio da região, teve potência média de 14,26%. A energia solar já contribui com 4% do consumo.

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Fernando Ximenes destaca que por causa do problema hídrico que o Nordeste enfrenta a produção do sistema deve-se reduzir pela metade. Isso poderá causar problemas no sistema do Nordeste, pois a alta estação dos ventos termina no fim de outubro e também não existe produção solar à noite. "Se não começar a chover no final de novembro a situação pode se complicar porque a curto prazo não existem termelétricas para entrar em operação", observa.

 

De acordo com projeção da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a geração de energia solar fotovoltaica no Brasil atingirá o patamar de 1.000 megawatts (MW) de capacidade instalada até o fim do ano. O número representa um crescimento de 325% em relação à capacidade atual de 235 MW, suficiente para abastecer cerca de 60 mil residências, com até cinco pessoas em cada uma.


A estimativa feita pelo setor coloca o País entre os 30 principais geradores dessa fonte de energia no mundo, com a expectativa de estar entre os cinco primeiros até 2030 em potência instalada anual. Atualmente, estão contratados, por meio de leilões de energia, cerca de 3.300 MW, que serão entregues até 2018.
Os investimentos até o fim de 2017 deverão somar R$ 4,5 bilhões.

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