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Confira cinco dicas para evitar o endividamento

10:10 | Out. 14, 2017
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Com a crise econômica dos últimos anos, o cidadão brasileiro sente no bolso o desequilíbrio do orçamento. Nesse momento de incerteza financeira, cautela não pode faltar. Para saber como evitar a dívida desnecessária, O POVO conversou com o economista e professor da Universidade 7 de Setembro, Eldair Melo. As dicas dadas por ele ajudam quem quer planejar o orçamento, aprender a usar bem o cartão de crédito e saber quanto do salário guardar todo mês.

Segundo dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará (Fecomércio-CE), 38,4% da população fortalezense não fez orçamento e controle de gastos, ou fez de modo ineficaz. A pesquisa “Perfil de Endividamento do Consumidor de Fortaleza”, de setembro deste ano, informa que gastos com alimentação e vestuário são os principais causadores de dívidas. A dificuldade de manter o orçamento no verde perpassa diversas faixas etárias e níveis de escolaridade. Comprar no crédito parcelado, gastar mais do que ganha e usar o dinheiro de uma conta para pagar outra são alguns dos vícios que contribuem para a desorganização financeira.

1. O controle de gastos diários é tão importante quanto o de gastos mensais

Saber quanto recebe por mês, datas de pagamentos e quais são os principais gastos, como aluguel e mensalidade da escola dos filhos, são aspectos que precisam estar no orçamento. Entretanto, os gastos variados são mais fáceis de se perder o controle. O que o trabalhador consome de gasolina, refeições fora de casa e passagem de ônibus pode ser alterado a cada mês. Por isso, é importante que essas despesas sejam anotadas diariamente, para que nenhuma conta seja esquecida. E, no final do mês, fica mais fácil de perceber para onde o dinheiro foi e planejar melhor os próximos salários. Alguns aplicativos fazem isso de maneira simples, como o Meu Dinheiro e o Wally%2b. Ambos disponíveis para IOS e Android.

2. O cartão de crédito pode ter benefícios, se usado corretamente
O cartão de crédito é o que as pessoas mais usam para comprar a prazo, mas também é uma das ferramentas de juros mais altos. “O que acontece é a pessoa ter um limite do cartão maior do que a renda mensal e achar que ganha o dobro”, diz Eldair, que salienta a importância de ter um limite abaixo do salário. O economista aponta também que usar o cartão para concentrar o dia de vários pagamentos é a forma mais eficaz de usar essa medida. Colocar contas fixas em débito automático e não demorar mais de 30 dias para para pagar as despesas são ações que permitem um melhor aproveitamento do cartão de crédito.

[SAIBAMAIS]3. Alimentação é um gasto mensal, não deve ser parcelado

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Os gastos com alimentação são motivo de dívidas a prazo para 60,6% dos fortalezenses. Poupar nas refeições fora de casa e fazer a feira em um lugar fixo podem ajudar a não gastar tanto com isso. Eldair Melo avisa que a compra de produtos alimentícios é uma despesa que se repete todo mês, por isso parcelar essa dívida compromete o orçamento e deve sempre ser feita a vista.

4. Você é a primeira pessoa que você tem que pagar
“Você trabalhou duro o mês inteiro para ganhar este salário, então gastá-lo com lazer e viagens é uma vontade que vai existir. Mas para isso é preciso guardar”, aconselha Eldair, informando que algumas pesquisas dizem que destinar 10% a 30% do salário a poupança é o mais indicado. Além disso, o professor diz que é importante ter um objetivo para o dinheiro guardado, caso contrário a vontade de usar a quantia para pagar alguma despesa extra será imensa.

5. Contas com juros altos devem ser priorizadas

Algumas dívidas podem ser agravadas devido a quantidade de juros que vem embutida. Quitar essas contas com antecedência é indicado para que o consumidor não acabe gastando mais do que precisava. Contas de valor mais alto também devem ser priorizadas na hora de fazer o orçamento, visto que elas comprometem uma parcela maior do salário. Pagar o valor mínimo do cartão de crédito é outro método que o economista não recomenda, pois existe uma facilidade disso ocasionar uma dívida maior por conta de juros.

 

Redação O POVO Online

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