Confiança no setor serviços avança em maio
Já o indicador de perspectivas para o emprego no setor, que havia dado sinais de melhora ao final do primeiro trimestre, tem consolidado, os ganhos de confiança no segundo trimestre de 2017O Índice de Confiança de Serviços (ICS) subiu 0,5 ponto em maio em relação a abril e ficou em 84,7 pontos, em uma escala de zero a 200. Em comparação a maio do ano passado, a alta chegou a 13,9 pontos.
Os dados fazem parte da Sondagem do Setor Serviços divulgados nesta quarta-feira, 30, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas e revertem parcialmente a queda do indicador de 1,1 ponto no mês passado.
Os economistas da instituição ressaltam o fato de que avanço da confiança dos Serviços em maio de deu de forma concentrada setorialmente, uma vez que apenas 5 das 13 atividades pesquisadas acompanharam o movimento, mas não detalharam quais são as atividades.
Situação atual e expectativas
Houve melhora da percepção sobre a situação atual e piora das expectativas, assim como já havia ocorrido no mês anterior.
O Índice de Situação Atual (ISA-S) subiu 1,3 ponto, para 77,9 pontos, mas o Índice de Expectativas (IE-S) recuou 0,4 ponto, para 91,7 pontos. Para o consultor da FGV Silvio Sales, “os indicadores de maio, apoiados sobretudo na percepção sobre o ambiente corrente de negócios do setor, confirmam a tendência de melhora gradual da confiança das empresas de serviços”.
Sales ressalta, ainda, que “a avaliação sobre a situação corrente reage há três meses consecutivos e sustenta, desta forma, o avanço da confiança em maio”.
No entanto, o consultor lembra “que os resultados deste mês não captam inteiramente os possíveis efeitos sobre o humor empresarial decorrentes do recrudescimento da incerteza no campo político”, em referência à delação premiada dos donos da empresa JBS, Joesley e Wesley Batista, envolvendo diversas autoridades, entre elas o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o presidente Michel Temer.
O levantamento da FGV apurou que a principal contribuição para a variação do indicador que mede o Índice de Situação Atual em maio foi dada pelo indicador de percepção sobre a Situação Atual dos Negócios, que subiu 2,7 pontos, para 79 pontos.
Já entre os indicadores integrantes do Índice de Expectativas, a maior influência veio do indicador de otimismo com a Tendência dos Negócios nos seis meses seguintes, que variou -0,6 ponto, para 93,6 pontos.
Ritmo de cortes de emprego
O indicador de perspectivas para o emprego no setor, que havia dado sinais de melhora ao final do primeiro trimestre, tem consolidado, segundo a pesquisa, os ganhos de confiança no segundo trimestre deste ano.
A diferença em pontos entre a proporção de empresas que pretendem aumentar o quadro de pessoal e a das que preveem reduzi-lo nos meses seguintes ficou em -2,5 pontos na média trimestral. O resultado é o menos negativo desde fevereiro de 2015 (-1,2 ponto).
Para os economistas da FGV, esta aproximação nível neutro (zero) no saldo de respostas mostra que o ritmo de cortes de vagas no setor “vem perdendo fôlego”. Ainda assim, eles entendem que a desaceleração do indicador de Emprego Previsto na ponta, associada ao aumento de incertezas com os eventos políticos de maio, “apontam riscos para a retomada de contratações líquidas pelo setor nos próximos meses”.
Agência Brasil
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