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Cortes na Selic ainda não tiveram impacto positivo nos juros cobrados ao consumidor final, aponta SPC

Mesmo com as quedas na taxa básica de juros, o cheque especial passou de 327% em fevereiro para 328% a.a. em março e o cartão de crédito rotativo de 487% para 490% a.a. no mesmo período
14:10 | Abr. 26, 2017
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Tipo Notícia
A queda da taxa básica de juros, a Selic, ainda não impactou de forma positiva os juros ao consumidor final,  de acordo com base nos dados divulgados nesta quarta-feira, 26. No segmento de pessoas físicas, algumas taxas seguem ainda muito altas, o que coloca um alerta para o consumidor que busca crédito: cheque especial, passou de 327% em fevereiro para 328% a.a. em março e o cartão de crédito rotativo de 487% para 490% a.a. no mesmo período.
 
 
Segundo o presidente do  Serviço de Proteção e Crédito do Brasil (SPC), Roque Pellizzaro, a crise econômica continua impactando os dados de crédito, elevando o risco de inadimplência e causando uma forte retração de contratação de crédito. “Ainda assim, apesar do recuo na concessão de crédito desde o início da recessão, os indicadores de inadimplência bancária não mostraram melhora correspondente”, destacou Pellizzaro.
 

A inadiplência de pessoa física para recursos livres continuou em 4%, nível que se mantém desde o ínicio deste ano, segundo dados do BC.
 
 
Os dados do BC que foram divulgados ainda nesta quarta-feira mostram que o saldo das operações de crédito do sistema financeiro chegaram a R$ 3.077 bilhões em março. Com relação a fevereiro, houve uma pequena expansão de 0,2%, mas o dado ainda mostra contração de 2,7% em 12 meses. “Ou seja, apesar da alta na margem o crédito ainda está em patamares muito baixos. Esse cenário só deve mudar quando o consumidor conseguir aumentar sua renda e os níveis de desemprego diminuírem”, afirma Pellizzaro.
 
 
Redação O POVO Online 

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