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Taxa de endividamento do fortalezense é a mais baixa desde novembro de 2014

A pesquisa revela que 61,4% dos consumidores da capital cearense possuem algum tipo de dívida. O índice veio 3,3 pontos percentuais abaixo do indicador do último mês de janeiro
11:25 | Fev. 10, 2017
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Tipo Notícia
Em Fortaleza, 61,4% dos consumidores possuem algum tipo de dívida neste mês de fevereiro, de acordo com a Pesquisa sobre Endividamento do Consumidor de Fortaleza, realizada pela Federação do Comércio do Estado do Ceará (Fecomércio-CE). O índice veio 3,3 pontos percentuais abaixo do indicador do último mês de janeiro (64,7%). O resultado é o melhor desde novembro de 2014, quando índice media 58,4%, apesar de ter vindo acompanhado de leve retrocesso nos indicadores qualitativos do crédito.

A proporção dos consumidores com contas ou dívidas em atraso teve crescimento de 1,4 pontos percentuais, passando de 19,9%, em janeiro, para 21,3% neste mês. Os problemas financeiros afetam mais às mulheres (22,7% dos entrevistados desse grupo afirmaram possuir contas em atraso), os consumidores com idade entre 25 e 34 anos (26,7%) e do estrato com renda familiar abaixo de cinco salários mínimos (22,3%).

O tempo médio de atraso é de 69 dias e a principal justificativa para o não pagamento das dívidas é o desequilíbrio financeiro – a diferença entre a renda e os gastos correntes – citado por 69,7% dos consumidores. O segundo motivo mais citado é o adiamento por conta do uso dos recursos em outras finalidades, com 21,9%, seguido da contestação da dívida (11,6%).

Comprometimento da renda

Os instrumentos de crédito mais utilizados pelos consumidores são: cartões de crédito, citados por 85,5% dos entrevistados; financiamento bancário (veículos, imóveis etc.), com 13,1%; (carnês e crediário, com 10,0%; e empréstimos pessoais, com 8,7%.

Inadimplência potencial

A taxa de inadimplência potencial, ou seja, a proporção de consumidores que não terão condições financeiras para honrar seus compromissos, teve aumento de 0,4 pontos percentuais, passando de 9,3%, em janeiro, para 9,7%, neste mês. Essa taxa está acima da média dos últimos doze meses (9,5%) e superior ao verificado no mesmo mês do ano passado (8,6%).

O perfil do consumidor inadimplente mostra preponderância do grupo de consumidores do sexo feminino (inadimplência potencial de 10,5%), com idade acima de 35 anos (10,5%) e renda familiar inferior a cinco salários mínimos (10,2%).

Orçamento familiar

A Pesquisa de Endividamento também revela que 71,4% dos consumidores de Fortaleza afirmam fazer orçamento mensal e acompanhamento eficaz dos seus gastos e rendimentos, o que contribui para um melhor controle dos níveis de endividamento. Dos entrevistados, 13,3% relataram que fazem orçamento dos rendimentos, mas sem controle eficaz dos gastos e 15,3% informaram não possuir orçamento e tampouco controle dos gastos.
 
Redação O POVO Online 

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