Empresas norte-americanas temem guerra comercial com a China

Empresas norte-americanas na China temem uma possível guerra comercial com Pequim, caso Donald Trump impuser as restrições ao comércio ou aos investimentos entre os dois países prometidas na campanha presidencial. De acordo com a Câmara de Comércio Americana na China, medidas nesse sentido provavelmente implicarão retaliações.

"A China não está desarmada para responder às ações que os EUA podem ou não executar", disse Lester Ross, membro do conselho da instituição na capital chinesa. Ross divulgou um levantamento nesta quarta-feira, 18, sobre a situação das empresas americanas no País. Segundo ele, o país asiático já teria começado a adotar algumas medidas, como a imposição de normas antidumping mais rígidas sobre produtos químicos agrícolas americanos.

Segundo pesquisa da Cãmara, as companhias norte-americanas veem seus empreendimentos cada vez menos favorecidos na China. O levantamento aponta que quatro em cada cinco empresas se sentem a cada ano menos "bem-vindas". A maioria dos investidores americanos enxergam um ambiente desanimador no país asiático.

As critícas das empresas norte-americanas aparecem um dia depois do presidente chinês, Xi Jinping, na cidade suíça de Davos, se posicionar contra o protecionismo e alertar sobre uma possível "guerra comercial" que prejudicaria a todos. "A mensagem que queremos trazer para Washington é que sejam realistas", acrescentou Ross.

Trump tomará posse na Casa Branca próxima sexta-feira, 20. O presidente eleito prometeu em sua campanha elevar as taxas de importação de produtos chineses para 45%, além de ter acusado o país de manipular sua moeda e de roubar empregos de americanos. Informações obtidas pelo Deutsche Welle.