Participamos do

Renault muda o "coração" do Sandero e do Logan

Duster e Oroch também saem de fábricas equipados com os novos motores. De acordo com a montadora francesa, os motores atingem uma economia de até 19% de combustível
18:46 | Dez. 05, 2016
Autor O POVO
Foto do autor
O POVO Autor
Ver perfil do autor
Tipo Notícia
Átila Varela
ENVIADO À CURITIBA (PR)*
atilavarela@opovo.com.br
[FOTO1]
A onda downsizing – com motores cada vez menores e mais eficientes – bateu à porta da Renault. A montadora francesa entra na era da tecnologia dos compressores modernos ao mostrar para o mercado os novos motores 1.0 e 1.6 que irão equipar o portfólio de automóveis da marca. Para visualizar as mudanças no “coração” dos veículos, os modelos escolhidos foram o hatch Sandero e o sedã Logan, apresentados na semana passada, em Curitiba.
 Cada motor tem uma peculiaridade. O 1.0 SCe 12V de três cilindros traz inovações como duplo comando de válvulas variável na admissão e no escape. A Renault destaca que essa tecnologia melhora a retomada de aceleração.  O motor é fabricado em alumínio e está 20 kg mais leve que o modelo antigo. Já o 1.6 SCe 16V de quatro cilindros é dotado de duplo comando de válvulas variável na admissão e injetores posicionados no cabeçote. Também em alumínio, é 30 kg mais leve.
 Trocando em miúdos, o novo motor 1.0 desenvolve 79 cavalos de potência quando abastecido com etanol, mais 2 cv que o seu antecessor de quatro cilindros. O 1.6 se manteve com quatro cilindros e subiu de 98 cv (gasolina) para 115 (cv).
 Os modelos 1.0 e 1.6 passam a adotar a direção eletro-hidráulica. A direção com esforço variável ainda se ajusta de acordo com a velocidade, ficando mais pesada em altas velocidades – a ideia é conferir mais segurança evitando que a direção fique “molenga” (reclamação de consumidores). Como nesse sistema a bomba da direção passa a ser acionada por um motor elétrico à parte, e não pelo motor do carro. A montadora francesa destaca que o sistema evita a perda de potência e reduz em até 3% o consumo de combustível.
No eixo de novidades, a Renault apresenta o sistema Stop&Start para o Sandero e Logan quando equipados com motor 1.6 SCe. Ele desliga o motor automaticamente em períodos que o veículo para em semáforo/congestionamento. Religa de forma automática quando o motorista pressiona o pedal da embreagem. Economia de até  5% de combustível.
 Para o 1.6, Sandero e Logan equipados com o câmbio automatizado Easy’R passam a oferecer controle eletrônico de estabilidade (ESP) e assistente de arrancada em subidas (HSA), que é acionado quando o carro se encontra em uma inclinação superior a 3°. O hatch e sedã 1.0 não saem com essa opção – o consumidor deve se contentar com o câmbio manual de 5 velocidades. 

Economia
A Renault levanta a bandeira da eficiência energética com o lançamento das dua motorizações. A montadora ressalta que o novo motor 1.0 SCe deixa Sandero e Logan até 19% mais econômicos. Com o 1.6 SCe, a economia chega até 21%. Outros modelos, a Duster e Duster Oroch, quando equipados com o 1.6 SCe consomem até 18% e 16% menos combustível.
 Com os novos motores 1.0 SCe e 1.6 SCe, Sandero e Logan têm saltos qualitativos de economia de combustível.  O hatch 1.0 atinge 14,2 km/l (gasolina) e 9,5 km/l (etanol) na estrada e 11,9 km/l (gasolina) e 8,1 km/l na cidade. O Logan se destaca pelo consumo de 14,5 km/l (gasolina) e 10 km/l (etanol) no perímetro rodoviário, enquanto atingiu 13,8 km/l e 9,3 km/l na cidade. 

Teste na cidade
Para saber se de fato as mudanças são consideráveis nas novas motorizações,  O POVO fez o teste com um Sandero equipado com o propulsor 1.0. Percorremos as ruas de Curitiba para avaliar as mudanças. Na configuração testada, o veículo pediu marchas em subidas, mas teve boa retomada em ultrapassagens. Chamou atenção no quesito aceleração. O habitáculo é silencioso. Resultado: não espere pisar no 1.0 acreditando que o ganho de potência será substancial. Ele é sensível, quase imperceptível, para quem pilota. 

Linha Sandero Vibe
A Renault também lançou a linha Vibe do hatch Sandero.  Limitada a 9.500 unidades, começa a ser vendida agora com o novo motor 1.0 SCe de três cilindros.  O preço sugerido é de R$ 47.100
Na parte estética, o Sandero Vibe se destaca pelas rodas em alumínio aro 15 na cor Dark Mettalic, retrovisores elétricos com repetidores também na cor Dark Mettalic, faróis dianteiros com contornos em preto e pelos faróis traseiros com lanternas brancas.  
Vem equipado de série com ar-condicionado, direção eletro-hidráulica, vidros dianteiros, retrovisores e travas elétricos, computador de bordo multifunções, indicador de troca de marchas, sensor de estacionamento e sistema multimídia Media NAV Evolution com tela touchscreen de 7” polegadas, navegação GPS, rádio, conexão Bluetooth, USB e as funções EcoCoaching e EcoScoring. 
 
*O jornalista viajou a convite da Renault 

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente