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Ministério da Ciência e Tecnologia estuda aprimoramentos para os Telecenters

20:07 | Nov. 30, 2016
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Os Telecenters – centros de tecnologia do Governo Federal disponibilizados para que a população tenha acesso a computadores conectados à internet e cursos de capacitação – podem ser modificados de modo a ampliar seus usos por parte da população. Segundo Américo Bernardes, diretor de inclusão digital da Secretaria de Telecomunicações do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), incrementos já são discutidos hoje  no Ministério. O assunto foi discutido durante a Oficina para Inclusão Digital e Participação Social, na manhã de ontem, 30.

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Paulo Lima, coordenador de inclusao digital do Projeto Saúde e Alegria e organizador da oficina desde sua primeira edição, defendeu que esses centros devem ser ampliados de modo a se tornarem também laboratórios de inovação cidadã. Com a popularização da internet e a grande difusão de informações, ele conta, trabalhadores podem fazer uso disso para se tornarem mais autônomos, inclusive possivelmente vindo a usar equipamentos como impressoras 3D para confeccionar produtos.

 

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Ricardo Fritsch, representando a Associação Software Livre, reitera a importância de trabalhar em cima de desenvolver os Telecenters: "Sem dúvida alguma temos uma possibilidade de uma economia feita pela base". Por esse meio, considera, a população pode ter acesso a uma produção de riquezas sem o intermédio de grandes organizações e grupos empresariais.


O encontro, que debatia o futuro da inclusão digital no Brasil, foi encerrado com a leitura de uma carta de compromissos e demandas elaborada pelo Movimento Nacional pela Inclusão Digital e Participação Social (ID%2bPS), que organiza o evento. No documento, cobra-se do governo melhoria da infraestrutura para banda larga pública e mais ações que fomentem programas ligados ao tema da inclusão digital.


A carta sugere também a criação de um programa de formação de educadores. Segundo Paulo, isso seria uma plataforma de educação a distância que disponibilizasse conteúdos a serem produzidos levando em consideração a cultura e as realidades regionais dos alunos.


Próximo encontro poderá ser feito de forma independente


A Oficina para Inclusão Digital e Participação, que chegou este ano à sua 13ª edição, não tem garantia de que poderá ter uma 14ª em 2017. O evento, que não pôde acontecer nos dois últimos anos, tem grandes chances de não receber repasses o suficiente do Governo Federal para que seja possível realizar outra edição no ano que vem, segundo conta Paulo Lima, organizador envolvido em sua execução desde a primeira edição, em 2001.


Com isso, o fórum teria que ser executado de forma independente pela Movimento Nacional pela Inclusão Digital e Participação Social (ID%2bPS). "O governo dá claras indicações de distanciamento da sociedade civil", considera Paulo. O projeto originalmente era levado pelo Governo Federal, mas passou a ser coordenado pelo ID%2bPS.


Segundo Vilmar Simion Nascimento, diretor do evento, o foco das discussões é na população que não tem acesso à tecnologia. Ele conta que, a partir das discussões, foram criadas diversas ações governamentais ligadas ao setor. Este ano, além do futuro das políticas de inclusão digital, foram discutidos temas como cidades inteligentes, lixo eletrônico e formação de educadores a partir de uma base tecnológica.


A edição de 2016 foi sediada no Sesc Iparana, em Caucaia. Não há perspectiva de temas a serem discutidos em 2017 ou da cidade que sediará a próxima edição.


Avaliações do Cidades Inteligentes devem ser finalizadas dentro de dois meses


O Projeto Cidades Inteligentes, do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), vai implementar sistemas e tecnologia em cidades em todo o País. Até junho, 172 cidades enviaram propostas ao governo para participar do projeto e o Governo Federal atualmente está analisando quais delas são viáveis para execução. Segundo Américo Bernardes, diretor de inclusão digital da Secretaria de Telecomunicações do MCTIC, os resultados devem ser divulgados dentro de dois meses, no início de 2017.


Por meio do programa, as prefeituras poderão fazer uso de tecnologias para fazer com que o as cidades funcionem de forma mais eficiente. Entre as possíveis melhoras estão sistemas inteligentes para semáforos de trânsito e paradas de ônibus, além de soluções para economizar energia no campo da iluminação pública.


Entre os municípios que enviaram projetos, nove são cearenses: Araripe, Barreira, Camocim, Caucaia, Cedro, Forquilha, Quixeramobim, São Gonçalo do Amarante e Viçosa do Ceará.

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