Conseguir sair daqui com inflação na meta é um legado bem importante, diz Ilan
Goldfajn também citou como uma segunda conquista que gostaria de deixar quando se desligar da instituição a redução do custo de intermediação bancários. "Este também é um legado importante", observou. Quando questionado sobre a possibilidade de redução de spreads bancários - basicamente a diferença de juros que os bancos obtêm do governo e concedem a seus clientes - ele lembrou que às vezes são colocadas propostas que podem parecer boas no curto prazo, como direcionamento de recursos ou compulsório, mas que, no longo prazo, acabam por aumentar o custo.
O terceiro objetivo que pretende alcançar quando sair do BC, de acordo com ele, é manter o Sistema Financeiro Nacional (SFN) sólido, líquido e bem provisionado. Para Goldfajn, o SFN não apresenta problemas hoje apesar das turbulências pelas quais o País tem passado. "Olhando para a frente, temos que ver como evolui. O Sistema Financeiro tem todas as condições de passar por este momento, mas temos de estar de olho", comentou.
Internacional - Sobre o mercado externo, o presidente do BC disse que o ambiente lá fora "também é desafiador". Há preocupações, de acordo com ele, sobre se a economia global vai crescer ou não. Há dúvidas, explicou, porque a China está em um processo de desaceleração. "Não se sabe se é muito ou pouco", considerou. Outra dúvida levantada por Goldfajn diz respeito ao desempenho dos Estados Unidos, que ainda não está muito clado. Sobre a Europa, ele lembrou que o continente estava começando a sair da sua recessão quando o Reino Unido decidiu deixar o bloco econômico, num movimento que ficou conhecido como Brexit. (Célia Froufe - celia.froufe@estadao.com)
Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente