Servidores estaduais não descartam paralisação geral
Camilo afirmou que "não é possível" realizar reajuste para todas as categorias e deve negociar separadamente com cada setorO governador Camilo Santana (PT) propôs, em reunião com representantes do Fórum Unificado das Associações dos Sindicatos de Servidores Públicos, "reajuste não linear" obrigatório de 10,67% para servidores que recebem até um salário mínimo. De acordo com ele, "não é possível" realizar o reajuste linear para todas as categorias. O Governo vai negociar separadamente com cada setor e os valores "poderão ser diferenciados".
[SAIBAMAIS1]Para a coordenadora geral do Fórum, Eliene Uchoa, a proposta não deve ser considerada reajuste, já que é previsto na Constituição. "O reajuste é 0%, foi isso que foi dito. Não pode confundir a reposição com melhorias ou reestruturação de PCCs como o Governo está querendo colocar", afirmou. "Eu penso que com esse percentual vai ser difícil a gente pacificar e trazer uma proposta".
O Fórum reúne cerca de 35 categorias, com as quais a liderança deve discutir a proposta para entregar uma resposta ao governo do Estado "imediatamente". Uchoa diz que, mediante percentual zero, é possível paralisação geral dos servidores públicos estaduais. Já estão em greve os setores de educação básica e superior, saúde e a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (Adagri), com os servidores da Fazenda prestes a paralisar as atividades.
"A gente lamenta muito porque, no final das contas, é o pequeno que paga as contas", disse. "O servidor público está sendo penalizado por uma crise que não é nossa".
Redação O POVO Online
com informações da repórter Irna Cavalcante
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