Medida de curto prazo para ajuste fiscal neste momento é irrelevante, diz Velloso
"O curto prazo é muito rígido. No caso da União, ela já optou por financiar. Quando anunciou o déficit de R$ 170 bilhões, ela pagou o preço, o ônus, no que se refere ao público, à mídia, de ter dito 'eu vou fazer um déficit de R$ 170 bilhões'. Para que vão baixar (este déficit)? Se conseguir baixar com alguma 'medidazinha' é lucro", disse.
Velloso minimizou a avaliação de que a ausência de medidas de curto prazo pode colocar em risco a percepção, para o mercado financeiro, de que o ajuste fiscal não é consistente. Segundo ele, o que está em jogo agora é principalmente a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita os gastos públicos.
"A ideia é que com isso em alguns anos o déficit de 170 bilhões de reais vira zero, e em mais alguns anos ele vira superávit. É isso que os credores estão querendo ouvir. Se eles têm uma informação de que em "x anos" zera e mais "y anos" vira 3% (de superávit), eles vão dizer que não tem problema, porque a dívida subiu, mas vai parar de subir", explicou. "O que fica faltando é ver se este projeto que estão preparando de fato é aprovado e se ele faz este serviço de fazer o gasto crescer zero em termos reais."
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