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Indicador de desemprego avança 4,1% em maio ante abril, diz FGV

09:10 | Jun. 09, 2016
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O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) avançou 4,1% em maio na comparação com o mês anterior, para 99,5 pontos, o maior patamar desde dezembro passado, considerando os dados ajustados sazonalmente. Em abril, o ICD havia caído 1,9%. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), ao interromper uma série de quatro quedas consecutivas e sinalizar um aumento do desemprego, o resultado mostra que a recuperação do mercado de trabalho tende a ser lenta e sujeita a contratempos.

"Os resultados dos índices mostram uma melhora das expectativas com relação ao futuro bastante consistente, indicando um otimismo para os próximos meses. No entanto, a tendência de curto prazo permanece ruim. O indicador coincidente de desemprego mostrou forte aumento, refletindo de certa forma os aumentos recentes da taxa de desemprego divulgada pelo IBGE", afirma Fernando de Holanda Barbosa Filho, economista da FGV/IBRE.

O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho.

Antecedente de Emprego

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) cresceu 3,8% em maio ante o mês imediatamente anterior, nos dados com ajuste sazonal, para 79,4 pontos, segundo o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Este é maior nível para o indicador desde abril de 2014 (83,0 pontos).

Segundo a instituição, "o resultado continua a sinalizar atenuação do ritmo de queda do número de pessoas ocupadas na economia brasileira nos próximos meses".

Os componentes que mais contribuíram para a alta do IAEmp em maio foram os indicadores que medem a expectativa dos consumidores de encontrar emprego, na Sondagem do Consumidor, e o ímpeto de contratações nos próximos três meses, na Sondagem de Serviços, com variações de 13,6% e 7,7%, respectivamente.

O IAEmp é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo do levantamento, segundo a FGV, é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.

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