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Fed e postura de Yellen dão fôlego ao Brasil e a emergentes, diz consultoria

18:10 | Jun. 15, 2016
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A decisão do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) em manter inalteradas as taxas de juros norte-americanas entre 0,25% e 0,50% ao ano e a postura da presidente da instituição, Janet Yellen, darão "fôlego" ao Brasil e aos países emergentes, avalia o economista-sênior da Tendências Consultoria Silvio Campos Neto. Segundo ele, ao menos até a reunião da autoridade monetária dos Estados Unidos de setembro a pressão nessas economias, principalmente a cambial, será menor.

"No caso do Brasil, esse fôlego é ainda mais importante porque vivemos um momento de ruídos locais e conseguir um cenário externo sem grandes choques é favorável. É bom principalmente para o câmbio num momento de choque de preços de commodities e quando se discute uma possível queda nos juros (no País)", disse Campos Neto. "São três meses sem a pressão mais forte que poderá vir de um próximo aumento de juros pelo Fed. Mas é tudo muito incerto, apesar de o nosso cenário ainda ser de alta de juros (pelo Fed) em setembro", emendou.

O cenário positivo, no entanto, pode sofrer impacto da eventual saída do Reino Unido da União Europeia, processo chamado de Brexit e citado por Yellen como um dos fatores para a manutenção dos juros norte-americanos.

Para Campos Neto, o Brexit cria incerteza no curto prazo e pode pressionar a moeda norte-americana. "Nesse caso, o dólar se valorizaria por outro canal, já que a saída do Reino Unido da União Europeia gera incerteza e aumenta a aversão ao risco", afirmou.

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