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Cenário no Brasil é ainda 'desafiador', avalia Banco Mundial

10:50 | Jun. 08, 2016
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O Banco Mundial revisou para baixo as projeções de evolução do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e prevê agora retrações de 4% este ano e de 0,2% em 2017. Os dois números são piores do que o estimado em janeiro pela instituição no relatório Perspectivas Econômicas Globais, que previa naquele momento queda de 2,5% em 2016 e expansão de 1,4% no próximo ano. A instituição divulgou na terça-feira, 7, uma atualização do documento.

O relatório destaca que Brasil e Rússia devem ter este ano uma recessão maior que o inicialmente esperado. Entre os principais países da economia mundial, o Brasil deve ter o pior desempenho do PIB este ano. A previsão é de que a economia russa encolha 1,2%.

Em 2018, o Brasil deve voltar a ter crescimento positivo, de 0,8%. Também nesse período o número é menor do que o previsto em janeiro pela instituição, de expansão de 1,5%.

"O cenário para o Brasil permanece desafiador", afirma o relatório do Banco Mundial. A forte contração esperada para 2016 deve contaminar os números de 2017. Além disso, o banco ressalta que a piora na renda das famílias, a alta do desemprego, o ajuste fiscal esperado do novo governo e a incerteza política devem pesar na atividade nos próximos meses.

"Se a incerteza política continuar, a implementação de medidas fiscais pertinentes pode ser atrasada, pesando no investimento", afirma o documento. "Enquanto a inflação dá mostras de começar a desacelerar, uma política monetária apertada deve continuar no curto prazo, na medida em que os índices de preços permanecem acima da meta."

O Banco Mundial ressalta que o clima de "tensão e incerteza política" permanece no País e pode atrasar a aprovação de medidas essenciais para melhorar a confiança de investidores e consumidores. O texto detalha que a confiança caiu para níveis historicamente baixos, como reflexo da Operação Lava Jato e do clima político.

Além disso, a inflação tem ficado persistentemente alta, o que ajuda a comprometer a renda das famílias, que já vem sendo afetada pela alta do desemprego. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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