Bradesco se diz surpreso com pedido de indiciamento da PF na Operação Zelotes
Conforme o banco, relatório da Polícia Federal indica que membros da diretoria do banco mantiveram contato com pessoas investigadas por crimes de corrupção ativa. O Bradesco esclarece que dois diretores da instituição prestaram depoimentos à Polícia Federal, em São Paulo, e esclareceram que foram procurados por escritório de assessoria tributária que se ofereceu para advogar uma questão fiscal junto ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Segundo fontes ouvidas pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, os executivos são o vice-presidente Domingos Abreu e o diretor de Relações com Investidores, Luiz Carlos Angelotti.
"Desses contatos não se efetivou qualquer proposta, contratação ou pagamento, mesmo porque a pendência fiscal já se encontrava sob o patrocínio de renomados tributaristas", destaca o Bradesco, no comunicado.
O banco ressalta ainda que o processo junto ao Carf, objeto da investigação, foi julgado em desfavor do Bradesco por unanimidade - seis a zero, e está, agora, submetido ao Poder Judiciário. "A companhia jamais prometeu, ofereceu ou deu vantagem indevida a quaisquer pessoas, inclusive a funcionários públicos, para encaminhamento de assuntos fiscais ou de qualquer outra natureza", garante a instituição, reiterando seus "elevados padrões de conduta ética" e reafirma a sua "confiança no pleno funcionamento da Justiça".
Mais cedo, em nota à imprensa, o banco negou a contratação de serviços do grupo investigado na Zelotes para corromper conselheiros do Carf e também que Trabuco tenha participado de quaisquer conversas.
As ações preferenciais do Bradesco, que chegaram a cair mais de 7% após a Coluna do Estadão ter antecipado a notícia, encerraram o pregão de hoje com queda de 5%, cotadas a R$ 22,80. Os papéis ordinários recuaram 3,69%, a R$ 24,51.
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