Tesouro Direto suspende negociações de títulos por causa de volatilidade
O investidor recorrente sabe que esse aviso é dado toda vez que tem decisão do Banco Central sobre o rumo da taxa básica de juros do País, a Selic, e em dias em que o mercado financeiro está mais "nervoso". Hoje foi assim. Depois de muitos dias fechando em baixa, por exemplo, o dólar acabou encerrando os negócios em alta. No último pregão antes da votação do impeachment, a bolsa de valores subiu 1,56%, com destaque para as estatais, e contratos de juros também oscilaram bastante num processo de correção da tendência de recuo visto nos últimos dias.
Procurado, o Ministério da Fazenda explicou que as suspensões das operações do Tesouro Direto ocorrem para garantir que as transações sejam sempre realizadas a taxas justas, ou seja, alinhadas às taxas praticadas no mercado secundário. Nesse ambiente, onde negociam grandes investidores (bancos, fundos, corretoras, etc.), as transações com títulos públicos ocorrem ininterruptamente das 9 horas às 18 horas. Essas negociações fazem com que os preços e, consequentemente, as taxas dos títulos sofram alterações ao longo do dia.
Já o Tesouro Direto atualiza as taxas dos títulos oferecidos aos seus investidores normalmente três vezes ao dia. Segundo a Fazenda, essa frequência de atualização é suficiente para permitir o funcionamento estável do programa quando não há excesso de volatilidade. "Quando se verifica forte volatilidade no mercado, com aumentos ou quedas bruscas nos preços dos títulos públicos, o Tesouro Direto suspende temporariamente as vendas e compras para evitar que o investidor venha a fechar uma transação a um preço que pode ficar rapidamente defasado", trouxe a nota enviada ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. Após restabelecida a normalidade, o Tesouro Direto retoma as operações.
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