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Não vejo piora substancial da economia mundial, diz ministro alemão

12:00 | Abr. 15, 2016
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O ministro das finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, negou que a economia mundial possa estar se deteriorando. O dirigente não vê uma "piora substancial" do crescimento global, como sugere o último relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI), que revisou o crescimento da economia mundial de 3,4% para 3,2% na terça-feira.

Schäuble afirmou que as ações da Alemanha estabilizaram a economia na zona do euro e pediu por mais políticas "sustentáveis" de governos e bancos centrais.

"Proposições irresponsáveis são o exato oposto do que precisamos", disse.

O ministro alemão rebateu a crítica internacional sobre a política orçamentária alemã, afirmando que a economia de seu país não pode salvar o mundo gastando mais em programas sociais.

"Não somos a causa dos problemas econômicos", disse Schäuble. "Esta discussão é enganadora."

Os comentários sublinham o crescente isolamento alemão em círculos de política internacional. Berlim tenta limitar os gastos e coibir políticas monetárias expansionistas, ao passo que formuladores de políticas em outras parte tentam fazer exatamente o oposto.

A abordagem conservadora de Berlim, no entanto, tem enfrentado crescente oposição até dentro do pais. Recentemente, um grupo de sete economistas alemães fez um apelo ao governo para afrouxar sua política monetária.

Mesmo o Bundesbank, o banco central alemão conhecido por sua ortodoxia, tem começado a enfatizar suas diferenças com Berlim.

A atual política do Banco Central Europeu (BCE) é "apropriada" porque visa a economia do bloco como um todo, afirmou o presidente da instituição, Jens Weidmann, que deu entrevista coletiva junto com Schäuble.

O ministro das finanças causou preocupação na semana passada, ao colocar parte da culpa pelo surgimento de partidos populistas conservadores na Alemanha nas políticas do BCE. Questionado sobre o assunto, Schäuble pareceu reduzir o tom das críticas.

Taxas muito baixas, ou negativas, criam inseguranças entre alemães que serão "sentidas nas eleições". Fonte: Dow Jones Newswires.

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