Desemprego na Região Metropolitana de SP sobe para 15,9% em março, diz Seade
O nível do desemprego na região é o mais alto para o mês de março desde 2007, quando também ficou em 15,9%. No terceiro mês do ano passado, a desocupação estava em 11,4%. Nesta base comparativa, o aumento no número de desempregados foi de 504 mil, um avanço de 40,4%.
Em março de 2016, o total de desempregados foi estimado em 1,75 milhão de pessoas, 133 mil a mais que em fevereiro. Esse resultado se deve à eliminação de 127 mil postos de trabalho, o que equivale ao recuo de 1,4% no nível de ocupação.
A População Economicamente Ativa (PEA) permaneceu em relativa estabilidade, visto que apenas 6 mil pessoas ingressaram no mercado de trabalho no mês passado (o equivalente a 0,1% da PEA).
Na abertura dos dados por setores, o declínio do nível de ocupação entre fevereiro e março decorreu da eliminação de 56 mil postos de trabalho na indústria de transformação, de 57 mil vagas no setor de serviços, de 18 mil na área da construção e de 14 mil no comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas.
Já na comparação com março de 2015, houve a eliminação de 427 mil postos de trabalho. O resultado é puxado pelo corte de 256 mil vagas na indústria de transformação, de 175 mil no setor de serviços, 1 mil na construção e 18 mil no comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas.
Rendimento
O rendimento médio real dos ocupados na RMSP caiu 2,2% em fevereiro ante janeiro, para R$ 1.984, mostrou PED de março. A renda média real dos assalariados também caiu, embora um pouco menos, passando a exibir R$ 2.040.
A pesquisa também aponta que a massa de rendimentos dos ocupados recuou 3,7%, devido aos decréscimos do rendimento médio e do nível de ocupação. A massa de rendimentos dos assalariados também teve retração de 1,5%, nesse caso em razão da redução do salário médio real, uma vez que pouco variou o nível de emprego.
Na comparação com fevereiro de 2015, a queda dos rendimentos médios reais dos ocupados e dos assalariados foi de 5,4% e 3,5%, respectivamente. Com isso, as massas de rendimentos de ambos também recuaram: -8,6% e -6,5%, nesta ordem, em decorrência do encolhimento do rendimento médio e do nível de ocupação, destaca a Fundação Seade.
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