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TAP voltará ao controle do Governo português em abril

Novo acordo estabelece que o Governo de Portugal terá 50% do capital da TAP, enquanto a participação do consórcio Atlantic Gateway cai para 45%. Os outros 5% são de funcionários da companhia
20:30 | Fev. 10, 2016
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A companhia aérea TAP voltará ao controle do Governo de Portugal a partir do dia 30 de abril. Em memorando de entendimento com o consórcio Atlantic Gateway, o Estado ficará com 50% do capital empresa. O consórcio privado - que tem entre os controladores o brasileiro David Neeleman, dono da Azul -terá a fatia de 45%. Os outros 5% cabem a funcionários da companhia.

 Com a reconfiguração da participação, o Estado pagará 1,9 milhão de euros (cerca de R$ 8,3 milhões) ao grupo Atlantic Gateway. Antes da alteração, a assinatura do contrato, feita no mandato de José Sócrates, atribuía ao consórcio o controle de 61% da operação da empresa e 34% para o Governo português, além dos 5% aos empregados da empresa. O documento também informa que o Estado não poderá deter um percentual superior a 50% do controle da companhia. O Governo português terá 18,75% dos direitos econômicos caso pague parte do empréstimo obrigacionista da TAP, no valor de 30 milhões de euros (R$ 132 milhões).

 Antônio Costa, atual primeiro-ministro de Portugal, ressaltou não haver conflito para a alteração no contrato. “Houve uma discussão sobre opções políticas tomadas em Portugal, mas que são estranhas naturalmente aos privados que adquiriram a TAP, um assunto que está resolvido democraticamente”. Em entrevista exclusiva ao O POVO no dia 25 de janeiro, Humberto Pedrosa, CEO da TAP havia informado a possibilidade de mudança no contrato.

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 “Este novo (governo) quer que o Estado fique com a maioria do capital. Estamos negociando e seguramente vamos chegar a um bom entendimento”, disse na ocasião. Procurada, a Azul informou que está mantido o acordo comercial para envio de 19 aeronaves para a operação da TAP na Europa. Com isso, a companhia brasileira terá redução de 7% na oferta de voos domésticos. “O plano estratégico do consórcio vencedor foi ratificado pelo novo governo (português)”. Estrutura O Conselho de Administração da TAP será composto por 12 membros, sendo seis nomeados pelo Estado e os demais pelos acionistas privados. O presidente deverá ser nomeado pelo governo português após consulta ao consórcio Atlantic Gateway. Os termos do planejamento estratégico ficam mantidos, com sede operacional e hub da empresa na capital lusitana, além das frequências para o Brasil, o que inclui voo diário Lisboa-Fortaleza.

 O consórcio deverá investir 400 milhões de euros (R$ 1,7 bilhão) na compra de novos aviões, além de outros 63 milhões (R$ 278 milhões) de euros na modernização da frota atual.

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