Resultado do governo central em janeiro não é estrutural, avalia economista
A Saga estima déficit primário de 1,2% do PIB este ano. Na avaliação de Michon Júnior, é muito difícil que o governo consiga aprovar no Congresso reformas como a da Previdência ou mesmo o retorno da CPMF. "Talvez o limite para os gastos públicos seja algo mais fácil de passar", afirma.
Ele diz que a receita, que registrou alta real de 1,7% em janeiro - considerando o dinheiro das hidrelétricas -, deve voltar a cair nos próximos meses, já que a retração da atividade é muito forte. "A arrecadação está caindo, a atividade está com uma retração muito forte. As vendas de automóveis, por exemplo, estão recuando muito", afirma. Para ele, as medidas de reoneração da folha de pagamento e outros cortes de subsídios anunciados pelo governo no ano passado ainda ajudam muito pouco as contas públicas.
No âmbito do gastos, Michon Junior aponta que os investimentos com o PAC caíram 28,8% em janeiro, com o governo cortando onde consegue, mas isso também não é suficiente.
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