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Opção econômica e renovável

Com a mesma quantidade de placas, aqui, se gera duas vezes mais energia em comparação com a Alemanha
01:30 | Fev. 13, 2016
Autor Beatriz Cavalcante
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Beatriz Cavalcante Articulista quinzenal do O POVO
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Tipo Notícia

Diversificar o produto. Uma estratégia utilizada para se destacar diante da concorrência. A maneira como o setor imobiliário o faz pode ser por meio do preço, design do imóvel, localização privilegiada, etc. Mas, em tempos de sustentabilidade, e conta de energia sobretaxada com bandeiras tarifárias, investir em energia renovável é um poderoso atrativo.

Uma das pioneiras no Brasil, foi a cearense Idibra, com geração eólica no empreendimento Greenlife 1, entregue em 2010. Geraldo Magela Alves, engenheiro chefe da empresa, diz que a ideia teve sentido educativo. Mas, também, com apelo ao bolso do consumidor. Prédio ecologicamente correto e taxa de condomínio economicamente viável, com no mínimo 20% de redução na conta de luz, foram os atrativos para o consumidor. Bem sucedida, a tecnologia também foi aplicada ao Greenlife 2 e ao 3.

[SAIBAMAIS 1]

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No primeiro Greengarden, da Idibra, ainda em obras, há uma evolução do sistema implantado nos empreendimentos anteriores. Agora, ele será híbrido – solar e eólico. A vantagem é o aproveitamento maior do potencial de geração de energia. Quando não há sol, o vento faz o seu trabalho e vice versa.

No Wai Wai, da Magis Incorporações, no Cumbuco, a opção foi por aerogerador e placas fotovoltaicas. Aragão Neto, diretor-executivo da empresa, diz que a implantação tem o reconhecimento do cliente. A entrega é prevista para maio.

Fernando Pessoa, CEO da FG Soluções em Energias, destaca que, a princípio, o sistema eólico tem rendimento maior que o solar. “O eólico gera energia independentemente se é dia ou noite”. E, apesar de haver investimento das empresas, com o potencial que o Ceará tem para deslanchar na microgeração, ele diz que as iniciativas do setor imobiliário ainda são tímidas.

Retorno

Katarine Medeiros, designer de interiores, optou por instalar 24 placas fotovoltaicas em sua residência. As motivações foram redução do custo fixo do orçamento doméstico, investimento com retorno garantido e contribuição para geração de energia limpa. Com um custo de R$ 51 mil, ela espera que o retorno chegue em quatro ou cinco anos, dependendo das variações dos valores da energia. Em termos de manutenção, o equipamento precisa apenas de limpeza, com vida útil média de 35 anos.

Quem instalou as placas na casa de Katarine foi o alemão Janes Raffelsieper, sócio-proprietário na RenEnergy do Brasil. Ele destaca o potencial nacional na área, que considera subaproveitado. “Com a mesma quantidade de placas, aqui, se gera duas vezes mais energia em comparação com a Alemanha”. Com o equipamento, a geração cobrirá até 90% da conta de luz, porque ainda se pagam taxas para a Prefeitura e Coelce.

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