Confiança da indústria cai 1,5 ponto em fevereiro ante janeiro, revela FGV
A queda do ICI em relação ao mês anterior foi determinada principalmente pelo recuo de 2,8 pontos do Índice de Expectativas (IE), para 72,6 pontos, o menor da série histórica. O Índice da Situação Atual (ISA) também retrocedeu, mas bem menos (0,5 ponto), ficando em 77,1 pontos. Dos 19 segmentos pesquisados, 10 registraram queda da confiança no período.
Em nota à imprensa, o superintendente Adjunto para Ciclos Econômicos da FGV/IBRE, Aloisio Campelo Jr., escreve que "o resultado de fevereiro reforça a suspeita de que a alta da confiança industrial nos últimos meses poderia não se sustentar ao longo do primeiro semestre". "A queda do ICI devolve mais da metade da alta acumulada entre o mínimo histórico, ocorrido em agosto, e o mês passado. Além de sinalizações de que a demanda interna continua enfraquecendo, a pesquisa mostra uma piora expressiva das expectativas em relação aos próximos meses", afirma Campelo Jr.
A maior influência na redução do IE veio do ímpeto de contratações nos três meses seguintes. Esse indicador recuou 5,2 pontos entre janeiro e fevereiro, para 73,6 pontos, o menor nível da série histórica. Esse resultado, segundo a FGV, sinaliza que o ajuste do quadro de pessoal na indústria continuará ocorrendo nos próximos meses.
Já no índice de situação atual, a maior contribuição veio do indicador que mede o nível de demanda atual. O dado registrou queda de 2,3 pontos, para 74,8 pontos, o mínimo histórico. Para este resultado, a piora na avaliação do setor sobre o mercado interno, na margem, supera a melhora na avaliação sobre o mercado externo.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) recuou 0,5 ponto porcentual em fevereiro, atingindo 73,6%, o menor nível da série histórica iniciada em 2001.
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