Câmbio deve garantir competitividade de exportações agropecuárias, diz Cepea
Para os analistas do Cepea, o desempenho efetivo do setor vai depender das condições de oferta mundial, do poder aquisitivo de importantes demandantes e da intensidade dos eventos climáticos adversos, que podem comprometer parte da produção agropecuária ao longo do ano.
Cálculos do Cepea mostram que, no acumulado de 2015, o volume exportado pelo agronegócio brasileiro cresceu 15,9%, e os preços em dólares recebidos pelos exportadores do setor retraíram-se em mais de 18%, em relação ao registrado em 2014. Nesse mesmo comparativo, com volume em alta e preços externos (em dólar) em queda, o faturamento em dólar do setor recuou quase 9%, para US$ 89 bilhões. Em reais, contudo, o faturamento cresceu 14%.
A maioria dos produtos teve alta de preços internalizados em reais, como é o caso da carne bovina (11,93%), café (11,65%), frutas (10,82%), suco de laranja (9,52%), milho (8,21%) e carne de aves (3,12%). Para outros, a desvalorização do câmbio não foi suficiente para compensar toda a queda do preço externo. Como consequência, houve redução da atratividade das exportações de carne suína (11,92%), etanol (10,47%), soja em grão (7,47%), farelo de soja (5,50%), óleo de soja (1,63%) e açúcar (1%).
Além da China, que continua sendo o principal destino das exportações do agronegócio brasileiro, outro parceiro importante do Brasil foi o continente europeu. Os países da Zona do Euro compraram 18,3% das vendas totais do agronegócio brasileiro em 2015.
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