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Principal meta dos brasileiros para 2016 é sair do vermelho

37% dos consumidores pretendem pagar todas as contas atrasadas em 2015. Valor médio dessas dívidas, incluindo juros e multas, chega a mais de R$ 11 mil
11:23 | Jan. 05, 2016
Autor O POVO
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Tipo Notícia

Os brasileiros que estão no vermelho pretendem mudar esta situação em 2016, segundo o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), que pesquisaram quais são as expectativas e os projetos dos brasileiros para este ano. O resulto mosrta que 36,8% destas pessoas pretendem quitar suas dívidas, pagando todas as contas que estão vencidas.

Em seguida, também são mencionados os desejos de fazer atividade física (34,3%), de comprar e/ou trocar de carro (27,6%), além de perder peso (27,5%). O levantamento, feito em todo o Brasil, mostra ainda que as expectativas em relação à conjuntura econômica do País estão divididas. Para três em cada dez entrevistados (31,1%), a situação será pior do que no ano passado; contra 37,0% que imaginam que será melhor.

Considerando os consumidores que acreditam na piora do cenário econômico, as principais consequências esperadas são a diminuição das compras (55,6%); a redução do consumo de produtos supérfluos, já que haverá menos dinheiro (48,4%, aumentando para 59,7% nas classes A e B); e a maior dificuldade de economizar e constituir reserva financeira (45,4%).

Como medida para superar os problemas financeiros, a maior parte dos entrevistados menciona a intenção de organizar as contas da casa (56,3%), seguido da intenção de evitar o uso do cartão de crédito (36,4%) e evitar comprar parcelado (33,8%), e também pagar a maioria das compras à vista (32,7%).

O risco de não conseguir pagar as dívidas também aparece como o maior temor para 2016: 56,9% dos entrevistados citaram, com percentuais maiores entre as mulheres (61,0%) e as pessoas com 50 anos ou mais (69,6%). Foram mencionados ainda os problemas de saúde (54,6%), a possiblidade de serem vítimas de violência e/ou assalto (35,2%) e que o país não saia da crise atual (27,1%).

Crise econômica impactou no consumo das famílias
O estudo do SPC mostra que a crise econômica do País teve impacto direto no consumo das famílias, causando um retrocesso frente às conquistas nos últimos anos. Metade dos entrevistados (50,8%) teve de abrir mão de muitos itens aos quais tinha acesso e comprava, já que as coisas estão mais caras e não dá mais para comprar tudo.

De acordo com o SPC, além disso, o brasileiro precisou mudar alguns hábitos de consumo ao longo do ano, em especial abrindo mão do lazer: 89,4% dos entrevistados tiveram que fazer ajustes no orçamento em 2015. Os itens que mais sofreram cortes foram o almoço, jantar e o lanche fora de casa (68,7%); os produtos supérfluos de supermercado (65,6%); produtos de vestuário, calçados e acessórios (60,3%); e bares, casas noturnas e baladas (57,5%).

Cartão de crédito foi o vilão da inadimplência em 2015
Ao longo de 2015 os brasileiros alegaram dificuldade para manter as contas em dia, tendo ficado muitos meses no vermelho. 41,8% ficaram muito meses no vermelho e cerca de um em cada cinco entrevistados (22,6%) garante ter ficado com o nome sujo por não ter pago todas as contas. Entre os consumidores que possuem contas atrasadas e estão negativados, o vilão foi o cartão de crédito: 64,6% deixaram de pagar ao menos uma parcela, aumentando para 80,8% entre as mulheres.

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