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OCDE: desigualdade de renda na América Latina é 65% maior que em desenvolvidos

18:15 | Jan. 19, 2016
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A desigualdade de renda na América Latina é 65% maior que a vista em países desenvolvidos, 36% maior que nos países do Leste Asiático e 18% acima que o registrado na África subsaariana. A avaliação é da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que aponta a educação, a proteção social e o empreendedorismo como armas no combate à desigualdade, além de um meio de deter a desaceleração econômica na região.

Em relatório, a entidade observa que a queda nos preços das commodities, a menor atividade na China e o início do ciclo de alta de juros nos Estados Unidos impactaram a região. "Esses fatores externos, combinados com o atraso de reformas estruturais urgentes, abrandaram o ritmo no qual os países latino-americanos buscavam se aproximar dos padrões de vida nas economias desenvolvidas", pontua o estudo.

O aumento da produtividade, diz a OCDE, é fundamental para que essa distância seja encurtada. "Embora os latino-americanos gastem mais tempo trabalhando que na média dos países da OCDE, isso é ofuscado pela grande lacuna nos níveis de produtividade. O relatório pede aos governos da América latina que desenvolvam estratégias para aumentar a produtividade e combater a desigualdade."

Segundo o secretário geral da OCDE, Angel Gurría, é preciso focar em um conceito mais inclusivo de aumento da produtividade. "Melhores níveis de educação, saúde e infraestrutura, combinados com reformas estruturais voltadas para a competitividade, podem proporcionar ganhos para todas as partes, e todos na América Latina seriam beneficiados pela maior geração de riqueza", diz.

De acordo com a entidade, os gastos com logística na América latina representam de 18% a 35% do valor dos produtos, muito acima da média de 8% nos países da OCDE. O relatório elogia o programa Bolsa Escola no Brasil, ao classificar a iniciativa como "promissora" na tentativa de minimizar a deficiência educacional do país.

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